Lula lança pré-candidatura, prega união entre divergentes e defende soberania do Brasil

No lançamento da sua pré-candidatura à Presidência da República com o pré-postulante à vice Geraldo Alckmin (PSB), em evento realizado na manhã deste sábado (7) em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se posicionou contrário às privatizações, classificou a política econômica do atual governo como “irresponsável e criminosa” e apontou a volta da fome ao país.

“Nossa soberania e democracia são constantemente atacadas pela política irresponsável e criminosa do atual governo. Desmontam, sucateiam e colocam à venda nossas empresas mais estratégicas. Entregam de mão beijada o patrimônio do povo brasileiro”, disse.

O ex-presidente condenou o garimpo em terras indígenas e relembrou a recente morte de uma menina Yanomami, estuprada por garimpeiros. Ao fim de sua fala, Lula ressaltou que se casará ainda este mês com a socióloga Rosângela da Silva, a Janja.

Candidato a vice na chapa, o ex-governador Geraldo Alckmin discursou apenas por vídeo, pois nessa sexta-feira (6/5) ele foi diagnosticado com covid-19.

Tanto Lula quanto Alckmin, que eram adversários políticos, exaltaram a união. Em seu discurso, o petista citou uma frase do educador e filósofo Paulo Freire para justificar a parceria entre os dois. “Nunca me esqueço das palavras de Paulo Freire: ‘É preciso unir os divergentes para melhor enfrentar os antagônicos’”, ressaltou.

O ex-presidente disse que nem ele, nem Alckmin sabiam do discurso um do outro, mas que as duas falas tiveram o mesmo sentido pregado pelo patrono da Educação brasileira. “Estamos pensando muito parecido”, disse Lula.

Já o ex-governador, em sua fala, fez uma brincadeira. Apelidado de “chuchu”, em alusão a crítica de que é “um político meio sem gosto”, ele disse que Lula cai bem com chuchu e que espera que esse prato se torne um hit. (Do Metrópoles/ Foto: Ricardo Stuckert/PT.).

 

 

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