Lava Jato procura donos de R$ 2,5 bilhões

Com investigadores estrangeiros ampliando o confisco de dinheiro na Operação Lava Jato, procuradores brasileiros avaliam que o término da investigação está longe de ser alcançado –apesar de recentemente o juiz Sergio Moro ter dito que os trabalhos em Curitiba se aproximam do final. Isso porque as investigações devem ser estendidas para outros lugares e instâncias.

Só na Suíça, a quantidade de dinheiro bloqueado chega a mais de 1 bilhão de francos (R$ 3,22 bilhões) neste ano, segundo dados obtidos pelo UOL com o Ministério Público em Berna.

Desse total, investigadores no Brasil apontaram que ainda desconhecem quem são os verdadeiros donos de cerca de US$ 800 milhões (R$ 2,52 bilhões) de 800 contas correntes bloqueadas no país europeu.

Apenas depois disso é que as futuras ações penais podem ser abertas para que se tente buscar a devolução desse montante. O trabalho de cooperação internacional, considerado por eles como “de formiguinha”, ainda deve se estender por outros países, como a China.

Ainda assim, o procurador Paulo Roberto Galvão, da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, destaca que R$ 769 milhões já foram recuperados aos cofres públicos do Brasil desde o início do caso, em 2014. Falta uma análise sobre os R$ 2,52 bilhões restantes. “Esse é um ponto que mostra o tanto que a Lava Jato precisa andar em Curitiba e em outros locais”, afirmou.

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