A força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba divulgou na tarde desta quinta-feira (18) nova de esclarecimento na qual nega as suspeitas levantadas pelo presidente do STF de que procuradores tenham vazado para a imprensa o documento constante dos autos que indicavam corresponder a Dias Toffoli o apelido “amigo do amigo do meu pai”.
A Lava Jato anexa à sua nota uma certidão que comprovaria que seus procuradores só acessaram o documento após a publicação da matéria censurada dos sites Antagonista e Crusoé que faziam menção, na delação de Marcelo Odebrecht, à troca de e-mails que citavam o Toffoli como a pessoa designada pelo codinome.
Veja a íntegra da nota:
Diante de especulações que surgiram no noticiário nos últimos dias, levantando suspeitas na tentativa de vincular supostos vazamentos a procuradores que atuam na operação Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR), a força-tarefa vem a público esclarecer que:
1. Certidão com informações extraídas do sistema eprocpela 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, disponível aqui, demonstra que os procuradores da força-tarefa Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná (MPF/PR) só acessaram os autos em que foi juntado o documento de que trata a matéria da Revista Crusoé intitulada “O amigo do amigo de meu pai” às 22:04h de 11/04/2019, portanto, após a publicação da notícia sobre o assunto no site da revista e no site O Antagonista. A referida matéria estava disponível, pelo menos, desde às 20:01h de 11/04/2019, conforme pode ser conferido aqui.
2. Portanto, a tentativa leviana de vincular o vazamento a procuradores da FT é apenas mais um esforço para atacar a credibilidade da força-tarefa e da operação, assim como de desviar o foco do conteúdo dos fatos noticiados.
3. Diante do fato de que o documento foi produzido por particular e que a ele potencialmente tiveram acesso várias pessoas, a acusação – infundada, como provado – ignora a participação de outros atores no inquérito. Nesse contexto, a acusação direcionada aos procuradores levanta suspeita sobre a isenção de quem a realiza e sobre a real intenção de quem os persegue.
Nao entendi nada.
O Supremo alega que não tinha denúncia antes da Crusoé é antagonista publicarem, se foi colocada dia 11 as 20 horas, realmente o Suoremo tem razao, primeiro algum jornalista malandro publica e depois é anexado ao processo? A nota pra mim não esclareceu nada
Entenda o seguinte, o documento foi juntado ao processo pela defesa do Marcelo Odebrecht. Não pela força tarefa. E o processo não é sigiloso, ou seja, qualquer pessoa pode ter acesso. O que os procuradores esclareceram foi que só tiveram acesso ao processo depois que a matéria foi publicada pelos sites. Logo, como só souberam depois ele não poderiam ter vazado nada, conforme alega o dias toffoli – em minúsculo mesmo.