A divulgação de uma sondagem de intenção de votos em Curitiba, feita pelo Instituto Paraná Pesquisas, foi suspensa pelo juiz da 176ª Zona Eleitoral, Helder Taguchi, que acatou pedido do partido Rede Sustentabilidade. A agremiação, representada pelo advogado Roosevelt Arraes, argumentou que não foram cumpridos critérios que devem ser observados na realização de uma pesquisa. Não constaram do levantamento, segundo a Rede, “grau de instrução, nível econômico, área física, sistema de controle, verificação, conferência e fiscalização, e a composição da lista de pré-candidatos”.
“À primeira vista parece haver disparidade entre o plano amostral e o questionário, este último que excluiu analfabetos ou que apenas leem e escrevem, que são considerados pelo TSE – fonte mencionada na plano 0 para a formação da Estatística do Eleitoral – por grau de instrução (http://www.tse.jus.br/eleitor/estatisticas-de-eleitorado/estatistica-doeleitorado-por-sexo-e-grau-de-instrucao), diz o juíz em seu despacho.
Ainda, o plano amostral informa “Nível Econômico: Economicamente ativo: 72%; Não Economicamente Ativo: 28%”, e o questionário enumera, no tópico, 09 hipóteses de atividade relacionadas à população economicamente ativa, 05 hipóteses de não PEA, e 01 para “outros”. Por essas informações, aparenta não ser possível extrair o dado “nível econômico”, segundo a redação da lei”, segue. “Dizer que uma pessoa é economicamente ativa, ou não, não implica em definir a qual nível econômico ela pertence”, conclui o juíz.
Esta é a primeira impugnação do processo eleitoral de 2020 em Curitiba e no Paraná. O instituto Paraná Pesquisas tem dois dias, a contar de segunda-feira (24), data da decisão, para apresentar uma resposta contestando a decisão. Caso a sondagem seja divulgada, a pena é multa d R$ 1.000,00 por dia.