Voltam a circular informações de destituição de José Antonio Andreguetto da presidência da Urbs, a empresa que gerencia o transporte coletivo de Curitiba. Já há semanas (conforme o Contraponto registrou), o prefeito Rafael Greca estava inclinado a tirá-lo do cargo para, quem sabe, substituir Sérgio Tocchio, que foi demitido da secretaria municipal do Meio Ambiente. Agora já nem sabe se Andreguetto receberá o prêmio de consolação.
Greca teria chegado ao limite: culpou Andreguetto pela demora na renovação da frota de ônibus de Curitiba. Quase um terço dos veículos passou da idade limite de 10 anos para continuar rodando. A obrigação de adquirir novos é das empresas concessionárias, mas estas se recusam a fazê-lo protegidos por uma liminar judicial que reconheceu que, com o valor da tarifa técnica que recebem, o investimento seria impossível.
Greca aumentou a passagem para R$ 4,25 para os usuários e para R$ 3,98 para as empresas, mas ainda assim elas querem mais e se recusam a desistir da ação.
Diante disso, Greca quer que a Urbs compre diretamente os novos ônibus e os coloque em uso. Mas seriam operados por quem? Pelas concessionárias, claro, que podem ainda se desfazer das sucatas. Andreguetto estaria criando dificuldades (legais, inclusive) para colocar este plano para rodar.
Teria sido este um dos temas tratados no famoso encontro no Country Club (veja a foto em destaque) entre Greca e Donato Gulin, cuja família controla mais de 70% do transporte curitibano?