O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, acelerou para 1,62% em março último, após alta de 1,01% em fevereiro. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa para meses de março desde 1994. Ou seja, em 28 anos. A disparada dos preços dos combustíveis é que motivou essa alta.
“No ano, o indicador acumula alta de 3,20% e, nos últimos 12 meses, de 11,30%, acima dos 10,54% observados nos 12 meses imediatamente anteriores”, destacou o IBGE.
Oito dos 9 grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em março. Os principais impactos vieram dos transportes (3,02%) e de alimentação e bebidas (2,42%).
A alta foi puxada principalmente pelos preços dos combustíveis, em especial, o da gasolina (6,95%), subitem com maior impacto individual (0,44 ponto percentual) no índice do mês. Também houve alta forte no gás veicular (5,29%), etanol (3,02%) e óleo diesel (13,65%).
Já entre os alimentos, a maior pressão veio da alta do preço do tomate, cujos preços subiram 27,22% em março. Além disso, foram registradas altas em diversos produtos, como cenoura (31,47%), que acumula alta de 166,17% em 12 meses, leite longa vida (9,34%), óleo de soja (8,99%), frutas (6,39%) e pão francês (2,97%).
Com o resultado de março, já são 7 meses seguidos com a inflação rodando acima dos dois dígitos. (Do G1).