Privatizada há 19 anos, a Telecomunicações do Paraná S/A –Telepar foi considerada em vários momentos uma empresa estatal exemplar. E se não conseguiu atender toda a demanda por telefones em seus quase 35 anos de existência, ela pelo menos obteve a nota 10 em vários indicadores de qualidade medidos pela holding Telebrás. Além disso, foi pioneira ao implantar tecnologia de ponta e ao criar serviços e procedimentos.
Criada em 1963 pelo governador Ney Braga para tirar o Paraná do atraso na área da telefonia, a Telepar conseguiu em relativamente pouco tempo integrar o Estado por meio de uma rede de microondas que não tinha paralelo nos demais Estados. Essa e outras inovações tecnológicas estão descritas no livro “Telepar, a revolução das telecomunicações no Paraná”, que será lançado nesta quarta-feira (13/12) na Fiep, a partir das 16 horas.
Com a chancela da Associação dos Aposentados, Pensionistas do Setor de Telecomunicações no Paraná (Astelpar), o livro foi escrito por quatro ex-empregados da Telepar (o jornalista Walter W. Schmidt, o relações-públicas José Francisco Cunha, o economista Paulo Arruda Bond, o engenheiro Israel Kravetz), mais o empresário Wilson R. Picler, fornecedor e parceiro da estatal durante muitos anos.
Pioneirismo – O livro conta, em 560 páginas, um pouco da história da telefonia no Paraná antes de abordar a vida da Telepar propriamente dita, como os tempos da Companhia Telefônica Nacional, da Radional e das várias companhias que funcionavam no interior do Estado. Ao todo, são 36 capítulos, sendo dois deles dedicados ao processo da privatização da empresa, ocorrido em 1998, passando pela implantação da telefonia celular, da telefonia rural e das fibras ópticas.