Grupo “Mães de Haia” faz abaixo-assinado para trazer Naomi de volta

Um abaixo-assinado está coletando assinaturas para pedir que a França cumpra decisões de tribunais brasileiros e permita o retorno da garota de 5 anos, filha da psicóloga e professora universitária Valéria Ghisi, ao Brasil.

No último dia 1.º de agosto, por unanimidade, o Tribunal Regional Federal (TRF4) reverteu decisão anterior e determinou o repatriamento da criança, que está em Paris, sozinha com o pai, desde 24 de novembro de 2016.

No dia 18 de agosto, a 2.ª Vara da Família de Curitiba também determinou o retorno de Naomi.
“A ideia é conseguir o máximo de assinaturas e entregar à Embaixada da França no Brasil. A única coisa que queremos é justiça. Que se cumpram as novas decisões”, explica a mãe.

Na manhã desta segunda-feira (5), o documento (https://goo.gl/wbCfjB) já passava de 2.100 assinaturas.

O caso
Valeria Ghisi morava em Paris durante seu doutorado e se relacionou com o genitor com quem teve uma filha, há cinco anos. Depois de sofrer agressões físicas e psicológicas por parte do então companheiro, num caso típico de violência doméstica, ela veio para Curitiba com a filha, que tinha um ano e meio de idade.

Apesar de afastado da mãe da criança em decorrência de seu comportamento violento e tendo autorizado a viagem de ambas ao Brasil sabendo do interesse da mãe em permanecer em seu país de origem com a filha, o pai da criança denunciou-a por sequestro internacional de menores, com base na Convenção de Haia, junto a Justiça francesa.

A partir daí, numa série de decisões jurídicas equivocadas, Valéria e a família foram submetidos a constrangimentos e a situações gravíssimas de abuso de autoridade por parte dos Estados brasileiro e francês. A criança foi levada para a França, onde está até hoje separada da mãe que não tem sequer o direito de visita regulamentado.

As graves violações dos direitos humanos presentes nesse caso, efetuadas pelos Estados brasileiro e francês, são objeto de denúncia junto a ONU.

Para corrigir essa situação, a recente decisão do TRF4 pede o repatriamento imediato da criança para junto de sua mãe. A França, entretanto, indica não ter a intenção de cumprir a decisão brasileira rompendo, novamente, com a Cooperação Internacional prevista pela Convenção de Haia.

Entrevistas podem ser marcadas diretamente com a mãe:
Valéria de Angelo Ghisi – [email protected]

2 COMENTÁRIOS

  1. Uma história muito triste. Que o tribunal superior de Brasilia, que a procuradora Raquel Dodge, se interem e se sensibilizem com esta história desta cidada brasileira e por ela intercedam junto ao governo francês, para que Naomi volte a viver com a mãe.

  2. Inimaginável a dor de não ter um filho, sabendo que ele não está entre nós ou, que está, porém acompanhada de um covarde….o que essa pessoa pode ensinar para uma mulher? Uma menina? Bolsonaro devia resolver esse assunto antes do Batisti afinal ele está precisando fazer algo decente e urgente e esse caso, por envolver uma mulher e uma menina. Agora, o Brasil tem que anotar isso aí no caderninho ne. Pq quando era a vez do Brasil cumorir, se cumpriu e agora não se cumpriu, quando é a vez deles. Aliás nem reconhecem o tribunal de Curitiba.

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