Greca tira remédios dos futuros doentes

Prefeito desistiu de tirar remédio de servidor quem já está doente, mas não dará mais para quem futuramente ficar doente. Rafael Greca mandou uma emenda à Câmara pela qual – ao contrário do que previa o projeto original – o Instituto Curitiba de Saúde (ICS) deixará de fornecer medicamentos para funcionários municipais que futuramente forem acometidos de AVC, câncer, hanseníase, tuberculose, aids e outras doenças incapacitantes. Antes, ele pretendia paralisar imediatamente todo o fornecimento, prejudicando os atuais mil servidores doentes que recebem o benefício.

A previsão para a fornecimento gratuito dos remédios aos servidores vem desde 1952 e foi reforçada por uma lei de 1995 assinada por Greca quando de sua primeira gestão como prefeito.

O projeto será votado nesta segunda-feira pela Câmara, mas vai encontrar pronta outra emenda, de autoria do vereador Felipe Braga Cortes, que visa a manter o direito a todos os atuais servidores municipais. A supressão dos remédios ficaria valendo apenas para os que forem contratados a partir de agora. Princípio elementar do direito: a lei não retroage, principalmente em desfavor dos que vinham recolhendo contribuições descontadas de seus salários para um sistema que já previa o benefício.

O projeto de lei de Greca traz outro arrocho: aumenta de 3,5% para 3,9% a alíquota de contribuição dos funcionários para sustentar o ICS.

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