Mais do que nunca, o presidente Michel Temer se vê atazanado agora com a possibilidade de seu ex-ministro e conselheiro Geddel Vieira Lima se tornar mais um delator. Trata-se de um perigo real: já se viu que, apesar da sua incrível capacidade e frieza para operar nas catacumbas, Geddel é um sujeito frágil: chora muito, entra em depressão, esconde-se, evita contatos, como seu viu nestes meses em que, denunciado por um colega do ministério, foi defenestrado e obrigado a se recolher em Salvador.
Descoberto o esconderijo onde guarda R$ 51 milhões em dinheiro vivo, foi preso nesta sexta-feira e já levado à cela da Polícia Federal em Brasília, primeira escala antes de seu trancafiado na Papuda.
Dado o seu temperamento sensível, é forte candidato a se tornar mais um explosivo delator. Tem muito contar. Serviu aos governos Lula e Dilma nos mais altos postos, mas sempre foi visto como homem do entorno mais próximo do presidente Temer.
Pode ser o próximo delator-bomba a abalar os alicerces da República. É só uma questão de tempo.