Gaeco denuncia delegado aposentado por prática de peculato e porte ilegal de munições

O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do núcleo regional de Londrina (Norte-Central do Estado) do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) ofereceu a segunda denúncia contra um delegado da Polícia Civil aposentado que chegou a chefiar a 22ª Subdivisão Policial de Arapongas. A denúncia decorre da Operação Arapongas, deflagrada em setembro do ano passado para apurar a exploração de jogos de azar e a lavagem de dinheiro mediante corrupção passiva e ativa. O nome do delegado não foi divulgado.

A denúncia, apresentada ao Juízo da 1ª Vara Criminal de Arapongas, aponta o crime de peculato, referente a desvio e apropriação de um veículo Fiat Strada apreendido quando o investigado estava lotado no município de Iporã. O uso do bem havia sido solicitado pelo investigado ao juiz criminal da comarca para o combate ao tráfico de drogas na região. Porém, as investigações demonstraram que o delegado de polícia se apropriou do veículo, utilizando-o em seu proveito pessoal, mesmo após aposentado.

O mesmo aconteceu com um colete balístico de propriedade da Polícia Civil, que deveria ter sido restituído à instituição após a aposentadoria do investigado, mas permaneceu em sua posse, sendo apreendido somente na operação do Gaeco. Por fim, a denúncia relata a prática do crime de porte ilegal de 210 munições calibre .380, adquiridas ilegalmente pelo investigado.

Outra denúncia – Também no âmbito da Operação Arapongas, o delegado já havia sido denunciado pelo MPPR. Na denúncia anterior, contra seis pessoas, são descritos os crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, obstrução da justiça e lavagem de ativos (com diferentes participações dos envolvidos). Nessa denúncia, o delegado aposentado é citado como um dos coordenadores do esquema criminoso, ao lado de um ex-presidente da Câmara de Vereadores de Arapongas acusado de atuar como chefe do esquema de exploração da contravenção do jogo do bicho, controlando 257 pontos de apostas. (Do MPPR).

 

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