Dona de uma rede de lojas de calçados e artigos esportivos, a empresária curitibana Elisa Ruppenthal ficou indignada com a visita de fiscais da prefeitura que determinaram que ela paralisasse totalmente as atividades em obediência aos decretos estadual e municipal que impuseram medidas de restrição em Curitiba para enfrentamento do coronavírus.
Segundo Elisa, apesar das portas fechadas e dos avisos de atendimento por delivery via WhatsApp fixados nas vitrines, os fiscais foram irredutíveis e determinaram até a retirada dos cartazes prometendo entregas domiciliares.
Eles teriam se baseado no fato de o alvará de funcionamento da loja CompreAki – expedido em 2000, quando redes sociais estavam só engatinhando – não mencionar e/ou autorizar o sistema de delivery, conforme conta a indignada empresária. No vídeo, se diz arrependida dos votos que deu a Rafael Greca e Ratinho Jr. nas últimas eleições.
O prefeito Rafael Greca viu o desabafo da empresária: “Guarde sua revolta contra o vírus que mata”, respondeu o alcaide em comentário postado na página de Elisa no Facebook.
A versão do prefeito contraria o relato gravado pela empresária. Greca disse que falou com os fiscais e recebeu a informação de que a loja estava aberta, a vitrine exposta e ela, a proprietária, estava atendendo dentro da loja. E isto contraria o Decreto Sanitário do governador, argumentou Greca.
Elisa, em seguida, respondeu ao prefeito: “Com todo o respeito, minha porta estava fechada até o chão e eu estava sozinha! As vitrines sim abertas. Gostaria tambem de um retorno sobre qual lei exige alvará para iniciar vendas no e-comerce.”