Fator surpresa, trunfo da PF

Fator surpresa, trunfo da PFÉ o fator surpresa que determina grande parte do sucesso das operações quando policiais cumprem mandatos judiciais de prisão, conduções coercitivas e buscas e apreensões nas casas de pessoas envolvidas em inquéritos. Por isso, elas se dão já de manhãzinha, logo no raiar das 6 horas, quando a lei permite que, se necessários, até os domicílios sem invadidos. Normalmente, os alvos dessas operações são pegas ainda dormindo, vestindo pijamas, sonolentos, sem muitas condições mentais de esboçar reações inteligentes.

Então, dado o fator surpresa, não se pode afirmar que será hoje, amanhã, depois ou em uma semana que agentes da Polícia Federal vão bater às portas dos envolvidos na Operação Quadro Negro, nos endereços que o STF determinar. É preciso, pois, que todos se mantenham de sobreaviso.

Pela gravidade das afirmações do primeiro delator da Lava Jato (o dono da Valor, Eduardo Lopes de Souza, às quais foram acrescentadas provas materiais obtidas posteriormente), e também dados os sinais de que há duas outras delações importantes em curso, será inevitável que a qualquer momento ocorram no Paraná aquelas espalhafatosas cenas matinais de gente sendo incomodada por policiais.

Isto não é fazer terrorismo nem é afirmação proveniente de fontes privilegiadas. São ilações (não “insanas”, como diz o governador) a que têm direito de fazer tantos quantos observam como os fatos têm acontecido no Brasil dia sim noutro também.

Não adianta muito destruir ou esconder provas, documentos, objetos. Se eles no primeiro momento são incriminadores, num segundo momento poderão ser muito úteis para enriquecer delações premiadas. Este, aliás, tem sido um erro comum: o delator abre boca, pode até estar dizendo toda a verdade, mas… cadê as provas?

 

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