(por Ruth Bolognese) – Um dos mais veneráveis políticos do Paraná, talvez o último da safra de José Richa, Ney Braga e Jayme Canet, o ex-ministro Euclides Scalco, do alto da lucidez invejável aos 84 anos, não tem mais razões para esconder o que pensa:
“Perdi a esperança na política” diz. “Deixamos de ser uma Democracia”.
Scalco se surpreende com a insegurança jurídica que assola o País, decorrente de atitudes contraditórias na mais alta corte do País, o Supremo Tribunal Federal, STF. – “Se está assim agora, temo pelo período em que o ministro Dias Toffoli assumir o STF”.
Particularmente, Scalco está injuriado com o papel desconexo do PSDB, partido que ajudou a fundar ao lado de Fernando Henrique Cardoso e Mário Covas.
“Veja o PSDB: escolheu Geraldo Alckmin como candidato a presidente, incentivou-o a deixar o governo de São Paulo e agora se movimenta para colocar o ex-prefeito João Dória no lugar dele. Como conviver com isso?”, pergunta.
A decepção de Scalco é tanta que, pela primeira vez em mais de 60 anos de atuação política, ele pensa em alegar a idade para não votar em outubro.
O Golpe foi a Caixa de Pandora. O Golpe deu discurso para a esquerda, que do contrário iria se arrebentar sozinha.
O que esse Sr. pensou e falou na época?
Castigo merecido. Será?
Euclides Girolamo Scalco pouco fala, mas quando o faz, diz.