Terminou pouco depois das 8h desta quinta-feira (5) a rebelião na Casa de Custódia de Curitiba. O último agente penitenciário que estava como refém dos presos foi liberado. Por precaução, ele foi encaminhado para atendimento médico. Não há informações sobre presos feridos. O secretário especial de Administração Penitenciária do Paraná. coronel Elio de Oliveira Manoel. vai atender à imprensa às 11h na frente da unidade prisional.
Policiais do Batalhão de Operações Policiais (BOPE), unidade de elite da Polícia Militar, e agentes penitenciários entraram na unidade para fazer uma vistoria geral. Os detentos estão sendo concentrados no pátio para permitir a contagem e uma revista minuciosa em cada um dos cubículos. Uma equipe do Departamento Penitenciário do Paraná também ingressou na Casa de Custódia para fazer uma análise inicial dos danos provocados pelos detentos.
A rebelião começou no início da noite de domingo (1). Imediatamente agentes penitenciários do SOE (Seção de Operações Especiais) fizeram a primeira intervenção dentro do presídio restringindo os rebelados em apenas uma das galerias. A Polícia Militar chegou logo em seguida para garantir a segurança na unidade prisional.
A principal reivindicação dos presos era evitar, por questões de segurança, que membros de facções rivais permanecessem num mesmo presídio. O Depen do Paraná já havia feito um mapeamento da localização de custódia de presos das principais facções que atuam dentro do presídio. Tanto é que o Estado do Paraná, diferente de outros estados, não registrou mortes provocadas por confronto entre facções.
No entanto, já estava em andamento a remoção de presos de uma facção que estavam em celas especiais – chamadas seguro – das unidades em que predominantemente custodia detentos de facção rival. A intenção da direção do Depen é evitar qualquer conflito entre detentos.
Com relação aos celulares que ingressaram na Casa de Custódia de Curitiba, o Depen vai abrir um procedimento interno para apurar a entrada dos aparelhos na unidade penitenciária. Diariamente, agentes penitenciários realizam vistorias que resultam na apreensão de telefones celulares e drogas em todas as penitenciárias do Estado do Paraná.