Mais de 200 empresários, intelectuais, diplomatas e representantes da sociedade civil organizada e da política divulgaram nesta quinta-feira (5) um manifesto no qual reivindicam a garantia da realização das eleições de 2022. Sob o título de “Eleições serão respeitadas”, o manifesto foi publicado nos principais veículos de imprensa do país, um dia após mais um capítulo da briga do presidente Jair Bolsonaro com as instituições e novos ataques feitos por ele à credibilidade do sistema eleitoral brasileiro.
No texto, os signatários destacam a necessidade da estabilidade democrática, o que inclui, acrescentam, a realização de “eleições e aceitação de seus resultados”. Eles também reiteram a confiança na Justiça Eleitoral “uma das mais modernas e respeitadas do mundo”.
Dentre os nomes que constam no manifesto ” estão representantes do setor financeiro como Frederico Trajano e Luiza Trajano, do Maganize Luiza; Carlos Jereissati, do Iguatemi, Roberto Setubal, do Banco Itaú, Guilherme Leal, da Natura; além de economistas como Armínio Fraga, Pedro Malan, Ilan Goldfajn, Persio Arida, André Lara Resende, Alexandre Schwartsman e Maria Cristina Pinotti.
Ainda assinam personalidades como João Moreira Salles, Pedro Moreira Salles, Maria Alice Setubal, Roberto Setubal, Ana Lúcia Vilela, Candido Bracher, Celso Lafer, Ricardo Young, Oded Grajew, Luis Terepins, Monja Coen, Hélio Mattar, Renato Janine Ribeiro e Paulo Vannucchi. (Do Congresso em Foco).
Eis a íntegra do manifesto
“O Brasil enfrenta uma crise sanitária, social e econômica de grandes proporções. Milhares de brasileiros perderam suas vidas para a pandemia e milhões perderam seus empregos.
Apesar do momento difícil, acreditamos no Brasil. Nossos mais de 200 milhões de habitantes têm sonhos, aspirações e capacidades para transformar nossa sociedade e construir um futuro mais próspero e justo.
Esse futuro só será possível com base na estabilidade democrática. O princípio chave de uma democracia saudável é a realização de eleições e a aceitação de seus resultados por todos os envolvidos. A Justiça Eleitoral brasileira é uma das mais modernas e respeitadas do mundo. Confiamos nela e no atual sistema de votação eletrônico. A sociedade brasileira é garantidora da Constituição e não aceitará aventuras autoritárias.
O Brasil terá eleições e seus resultados serão respeitados.”