Em carreata, empresários de Curitiba protestam contra quarentena

Uma carreata, realizada no início da tarde desta sexta-feira (27), pediu a reabertura das empresas em geral, protestando contra a quarentena.  A manifestação foi organizada por empresários. A carreta teve início na Rua Padre Agostinho, no Bairro Bigorrilho, e houve protestos de pessoas contrárias à manifestação dos empresários, que foram chamados de “assassinos” por moradores de prédios da região.

Na convocação, que circulou pelas redes sociais, os organizadores falaram em salvar o país com o retorno das atividades comerciais, reforçando que idosos e doentes devem ficar em casa e que o resto deve voltar a trabalhar.

Em entrevista à Rádio Banda B, a administradora Letícia Pauli, explicou o que a levou até o local. “A gente precisa voltar a trabalhar e o Brasil não pode parar. A gente precisa cuidar do grupo de risco, das pessoas idosos e que possuem algum tipo de doença. Mas, o Brasil não pode parar neste momento. Por isto que eu estou aqui. Para apoiar o Bolsonaro, o Brasil, ou se não, todo mundo vai ficar sem emprego”, explicou

A oficial de justiça do trabalho Patrícia Puppil considera a ação temerária. Patrícia comentou que a filha que mora na França, faz as aulas na universidade dentro de casa para evitar o contagio. Ela cita o exemplo da China que conseguiu evitar a multiplicação de casos com o isolamento social. “Vai contra o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) fala. Vai contra as recomendações que a reunião recente feita pelo G-20. Como que a gente vai expor a população a uma situação assim. Todos estão perdendo dinheiro, é verdade. Mas, ao meu ver, a saúde está em primeiro lugar”, afirmou.

A carreata seguiu até o Centro Cívico.

8 COMENTÁRIOS

  1. Vergonhoso, estes imbecis e alienados, que seguem o mito, deveriam ser tratados por veterinários, quando pegarem a covid 19 e não ir a um hospital para tirar o lugar de pessoas que realmente vão necessitar de tratamento adequado. O que adianta o “mercado” funcionar e não termos pessoas para consumir, em razão de diversas mortes. Vida em primeiro lugar.

  2. Pessoal, não vi na carreata nenhum funcionário publico pedindo para retornar ao trabalho, pergunto, será que eles estavam trabalhando em home office ou estão com medo de ter que voltar ao trabalho?. Vão receber salário e tudo mais. Pra que se expor!!!!!!!

  3. Um dos “promotores”desta insanidade é um conhecido mentecapto que foi candidato a vereador em 2016 e que – salvo engano – foi um dos responsáveis por arrancar a faixa de apoio à Educação que estava na UFPR. Um verdadeiro débil mental.

  4. Apenas complementando, ainda sobre esse assunto: nesse caso acho que carreata, cada um dentro do seu carro, é para os fracos. Por que não lotaram um ônibus pra demonstrar que acreditam totalmente naquilo que defendem?

  5. Desconfio que o maior medo do “mercado” nesse momento seja que as pessoas passem a perceber novamente que os governos, o Estado, tem um papel fundamental em certas áreas, como saúde pública, e no incentivo ao crescimento depois que a crise passar. Daí o discurso do tal “estado mínimo” vai minguar novamente. Sabem que estão errados, mas assim mesmo incentivam esse tipo de movimento, para não correrem o risco de perder as rédeas que estavam quase todas nas mãos deles. Acho que não vai colar. A maioria das pessoas com um mínimo de discernimento já percebeu que, sem a atuação do setor público, instaura-se o caos, especialmente em tempos difíceis.

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