“Hoje é o dia do livramento. É o ponto final de um capítulo ruim no desenvolvimento econômico e social do nosso Estado”. Foi com esse tom que o governador Carlos Massa Ratinho Junior pôs fim a um período conturbado da história contemporânea do Paraná: a concessão das rodovias do Anel da Integração. Neste final de semana, se encerram os contratos das empresas concessionárias, marcando o início de um hiato sem cobrança de pedágios até que a nova licitação seja realizada.
“Com esse dia histórico, temos a oportunidade de apagar um passado ruim, marcado por um contrato mal feito que, ao longo dos últimos 24 anos, prejudicou nosso progresso, não entregou as obras previstas e gerou mentiras políticas e muita corrupção”, afirmou Ratinho Junior, durante evento no Palácio Iguaçu para anunciar o plano de operação das rodovias a partir do fim das concessões.
Ele ressaltou que prorrogar o contrato atual não seria um ato justo com a população do Paraná e, por isso, o Governo do Estado teve um trabalho árduo de construção de um novo modelo ao longo dos últimos dois anos e meio, elaborado em parceria com o Ministério da Infraestrutura e sociedade civil. A proposta garante a menor tarifa, sem limite de desconto e com a garantia de obras a partir de um seguro-usuário, e atualmente está em etapa de análise pelo Tribunal de Contas da União.
“Estender o contrato não seria correto com quem sofreu com tantas mentiras, roubos e falta de infraestrutura durante todos esses anos. Faremos novos contratos com transparência, na Bolsa de Valores, com obras exigidas no início da concessão e preço justo. Teremos praças com preços até 65% mais baixos do que os atuais”, ressaltou.
Hub logístico – A nova concessão de rodovias não apenas propõe preços mais baixos como prevê R$ 44 bilhões de investimentos em obras nos 3,3 mil quilômetros de rodovias. Esse pacote, o maior já promovido no Brasil, integra um planejamento estratégico do Governo do Estado para aproveitar o posicionamento geográfico do Paraná para transformá-lo em um novo hub logístico da América do Sul.
O governador ressaltou que a localização do Estado proporciona oportunidades únicas de conexão entre outras regiões, conectando o Sul ao Sudeste do País e fazendo fronteira com Argentina e Paraguai. Para explorar esse potencial, o planejamento foca em novos investimentos para todos os modais de transporte do Estado.
“Temos o Porto de Paranaguá, eleito por duas vezes consecutivas o mais eficiente do Brasil. Estamos tirando do papel o projeto da Nova Ferroeste. Concedemos quatro aeroportosà iniciativa privada. Tudo isso projeta o Paraná para ter a melhor infraestrutura do Brasil”, destacou Ratinho Junior.
Dentre as melhorias previstas nas concessões aeroportuárias, está a construção da terceira pista do Aeroporto Internacional Afonso Pena e a ampliação da capacidade tecnológica do Aeroporto de Londrina, além da ampliação dos Aeroportos Bacacheri (Curitiba) e de Foz do Iguaçu. Este último, inclusive, já foi alvo de reformas recentes, ganhando a maior pista de pousos e decolagens do Sul do Brasil em uma parceria com a Itaipu Binacional.
Além disso, para além das obras previstas na nova concessão, o Governo do Estado já está potencializando outras rodovias paranaenses, com a duplicação da Rodovia dos Minérios, a revitalização da Estrada Boiadeira, a duplicação da PR-445, que liga Mauá da Serra a Londrina, a pavimentação da estrada entre Mato Rico e Pitanga, a reformulação do Trevo Cataratas, a pavimentação em concreto da PRC-280, entre outros.
Plano de operação – Durante o evento, o governador e os secretários estaduais de Infraestrutura, Saúde e Segurança Pública detalharam o plano de operação integrado que o Governo do Estado criou para assumir a gestão das rodovias a partir do fim das concessões atuais. A manutenção das rodovias federais retorna ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Já as rodovias estaduais ficam sob a administração do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR).
Ratinho Junior ressaltou que o período é de atenção e vigilância para cuidar de rodovias extremamente importantes para a logística estadual, que funcionam como “artérias”, e que o período de transição vai levar a uma fase mais brilhante da história do Estado.
“Estamos falando de uma geração que não conseguiu andar em rodovias não pedagiadas e uma geração que não viu rodovias com pedágio justo. Que a nova geração que venha a nascer possa conviver com estradas modernas, com estruturas de primeiro mundo e um preço decente”, complementou o governador. (AEN).
Se a novela fosse tão ruim não duraria tanto tempo
Tô pagando pra ver….