A Corregedora da Câmara Municipal de Curitiba, vereadora Amália Tortato (Novo), entregou na manhã desta quarta-feira(1ª) à presidência da Casa o relatório final da sindicância que foi aberta em maio último para apurar a autoria e a materialidade de um e-mail com ofensas racistas que o vereador Renato Freitas (PT) recebeu e que teria partido do correio eletrônico do vereador Sidnei Toaldo (Patriota).
Segundo Amália Tortato, o e-mail existe, mas não partiu do correio de Tolado e não pode ser atribuído a nenhum dos vereadores, sendo “incerta a responsabilidade pela composição e encaminhamento da mensagem de e-mail investigada”. Diante disso, fica afastada “a materialidade de cometimento de infração ético-disciplinar ou de procedimento incompatível com o Decoro Parlamentar”.
O caso
O vereador Renato Freitas denunciou no início de maio ter recebido a mensagem com cunho racista .O conteúdo, assinado em nome de Toaldo, diz: “Eu não tenho medo de você ou dos esquerdistas vagabundos que te defendem, seu negro. A Câmara de Vereadores de Curitiba não é seu lugar, Renato. Volta para a senzala”.
Quando o caso veio à tona, Sidnei Toaldo negou ter sido o autor do e-mail e afirmou que registrou o caso na Polícia Civil do Paraná para que seja apurado o uso indevido da conta dele.
O advogado de Renato Freitas, Guilherme Gonçalves, disse que o parlamentar atendido por ele também registrou Boletim de Ocorrência frente ao ataque racista, no Núcleo de Combate aos Cibercrimes da Polícia Civil.
Toaldo foi o autor do relatório que pediu a cassação do mandato de Renato Freitas no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de Curitiba.O volto dele foi apreciado e aprovado por outros quatros vereadores do colegiado, o que resultou num decreto de cassação de mandato que deverá ser avaliado, no plenário da Câmara, pelos 38 vereadores.