(por Ruth Bolognese) – O governo vai dar R$3 bilhões e 600 milhões do nosso dinheiro para financiar as campanhas eleitorais via partidos políticos. Tudo isso pra candidatos malacos nos enganarem, dizendo que são íntegros e trabalham mais do que petista pra organizar manifestação de rua. Durante 45 dias e no meio da novela.
Quando o contato for corpo-a-corpo, a gente vai ter que apertar a mão suada deles.
Eleitos, eles vão vestir ternos e elas terninhos, empastar o cabelo de gel e fazer mega hair (elas), marcar o primeiro encontro com um bom empreiteiro e a vida segue.
Como dizem por aqui “pior”.
Sem contar o custo do horário eleitoral que deverá consumir outros R$ 3 bilhões e 600 milhões de reais.
Para eleger um sujeito que depois da posse não vai dar a mínima importância ao que o povo pensa.
Mas este povo merece. Um povo que odeia os políticos, mas adora um governo. Um povo cujo sonho maior é ter um emprego público. Ter estabilidade, quinquênios, fazer greve em serviços essenciais, não ter dias descontados e, em alguns cargos, um monte de penduricalhos.
O último concurso do INSS teve 1.043.807 candidatos para 800 vagas, o que dá a assombrosa paridade de mais de 1.300 candidatos por vaga. Isto só para cargo técnico.
O vestibular da USP teve 136.736 inscritos para 8.734 vagas. Paridade de 15,65 candidatos por vaga. Um país só muda com educação. Mas nenhum governo quer isto, pois povo educado pensa para votar.