Deputado questiona a indústria da multa de trânsito em Curitiba

O deputado estadual Galo (PP) fez na sessão plenária dessa segunda-feira (25) na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) um discurso inflamado, mostrando os números “absurdos e surreais da arrecadação da Prefeitura de Curitiba com os radares em profusão instalados na cidade” e que só aumentam a cada dia que passa.

Segundo os dados apresentados pelo deputado, em 2019, foram R$ 129 milhões arrecadados. R$ 11 milhões em um mês, R$ 832 mil por dia e R$ 15 mil por hora. Em 2020, a meta de arrecadação caiu um pouco devido a pandemia e mesmo assim chegou a R$ 88 milhões no ano.

Mas em 2021, os níveis de arrecadação voltaram a explodir, chegando a R$ 119 milhões no ano, R$ 993 mil por mês, R$ 331 mil por dia e R$ 13 mil por hora. Ao final da sua explanação, o deputado fez um questionamento: “se isso não é uma clara indústria da multa, o que é então?”.

“As metas estabelecidas de arrecadar com os radares, ainda não são satisfatórias, e a ordem é instalar cada vez mais radares e aumentar o lucro, e onerar ainda mais o já sofrido usuário, e a prefeitura precisa explicar para onde vai todo esse dinheiro arrecadado, e porque é necessário instalar radar em cada rua da cidade como tem acontecido nas últimas semanas com a instalação de vários dos chamados radares inteligentes”, cobrou o parlamentar.

Outra coisa que o deputado diz não entender, é como a prefeitura faz a conta dos 20% sobre o limite de velocidade, sendo que na rua Visconde de Guarapuava por exemplo, uma das líderes em multas na cidade, se uma pessoa passar em uma velocidade 5% a mais já é multada, como foi o caso dele próprio que passou a 42 km por hora num radar de 40km e foi multado. O parlamentar espera que a sua indignação levada ao plenário da Assembleia sirva para alertar de que alguma coisa precisa ser feita urgentemente.

 

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