Igrejas evangélicas, com bancadas cada vez mais numerosas nos legislativos federais, estaduais e municipais, veem na aprovação do distritão uma forma de crescerem ainda mais. Como contam com a fidelidade de seus rebanhos, acreditam que podem garantir votações expressivas aos candidatos que lançarem, sem precisar depender da votação proporcional vigente no sistema atual.
Por exemplo: como já são donas de seus próprios partidos, as igrejas podem lançar poucos candidatos em vez de uma chapa inteira ou de se obrigarem a fazer coligações com outras siglas. Consideram que os candidatos que escolherem obterão facilmente votos suficientes para ocupar parte ainda maior das 54 cadeiras da Assembleia do Paraná.
Atualmente, como seus partidos proporcionalmente fazem poucos votos, as igrejas dependem de alianças com grandes partidos para eleger alguns dos seus pastores e bispos. Isoladamente, pelo distritão, teriam chance de ampliar suas já numerosas bancadas.
Cálculos indicam que os evangélicos poderiam superar a casa de 20% dos 509 deputados federais, segundo informa o presidente da bancada na Câmara, o pastor Hidekazu Takayama, do PSC do Paraná.