O comandante do Exército, general Edson Leal Pujol, afirmou nessa quinta-feira (12) durante uma transmissão ao vivo que os militares não querem fazer parte da política e nem querem que a política “entre” nos quartéis.
O general fez a declaração poucos dias depois de o presidente Jair Bolsonaro ter afirmado que “quando acaba a saliva, tem que ter pólvora”.
A fala foi uma resposta ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre a possibilidade ser alvo de sanções por conta do desmatamento que ocorre na Amazônia.
Biden cogitou a imposição de barreiras comerciais ao Brasil em razão do meio como o governo lida com questões ambientais.
Pujol participou de um evento virtual promovido pelo Instituto para Reforma das Relações Estado e Empresa. Também participaram os ex-ministros Raul Jungmann e Sérgio Etchegoyen – este é general da reserva.
Ele destacou que o Brasil e os militares se posicionam alegando que a “soberania da Amazônia é nossa”. Ele também chamou atenção para a questão da preservação. “O que nós preservamos nesses 500 anos da Amazônia brasileira é incomparavelmente superior ao que aconteceu em outros continentes.” (Metrópoles).
Depois de fazerem campanha para os Bolsonaro, inclusive de atos que pediam fechamento do Congresso e do STF; depois de lançarem inúmeros candidatos pelo país, com referências diretas às suas armas; depois de se prevaleceram de mudanças na legislação supostamente visando combater a corrupção, mas q na prática só beneficia o militar criminoso; depois de ocuparem o que podem, de cargos nos governos, inclusive em áreas que nada tem de relação com as Forças Armadas? Vem dizer q não querem saber de política?!?!? Esse país, se quer um dia ser uma democracia, vai ter q reformar essas Forças Armadas… Esse modelo de nada serve ao país.