Candidato do PSC Negro diz que não é “laranja”

Por nunca ter exercido mandato político e por ser nome desconhecido do público, o inesperado surgimento do nome do secretário-geral do PSC do Paraná, Renan da Mata, como candidato a senador na chapa de Ratinho Jr. (PSD) soou estranho para a muita gente. Políticos e comentaristas na imprensa passaram a entender que Renan seria apenas um “laranja” a ocupar uma vaga que, no momento oportuno, seria transferida a outro candidato que viesse a compor a aliança. Houve até quem especulasse a possibilidade, embora remota, de Osmar Dias (PDT) viesse a desistir da candidatura a governador para concorrer ao Senado como aliado de Ratinho Jr.

Diante destas interpretações, o PSC distribuiu nota em que “repudia qualquer informação divulgada por parte da imprensa que considere a candidatura de Renan como ilegítima. Denominá-lo como laranja é uma inverdade, além de ser pejorativo e de prejudicar fortemente a isonomia do pleito eleitoral.”

Segundo a nota, o PSC “é um dos maiores partidos do Paraná e, por isso, decidiu manter a campanha para o Senado”. Foi o partido que “elegeu a maior bancada de estaduais na última eleição e, hoje, contra com número expressivo de deputados, prefeitos, vice-prefeitos e vereadores eleitos que poderiam ser indicados para o Senado”, mas, em convenção, a chapa de Ratinho Jr, optou por Renan da Mata “porque entende que a população anseia por uma renovação política.”

Idealizador do PSC Negro, Renan substitui o deputado federal Hidekazu Takayama, presidente estadual do PSC e líder da bancada evangélica na Câmara Federal, que inicialmente era o escolhido por Ratinho para ocupar a vaga senatorial. Takayama, no entanto, preferiu tentar a reeleição a deputado federal e indicou Renan para substituí-lo.