O presidente Jair Bolsonaro já está procurando nomes para substituir Carlos Alberto Decotelli, nomeado ministro da Educação na semana passada, mas que teve a posse adiada por causa de prováveis falsificações em seu currículo acadêmico. Decotelli perdeu apoio do grupo militar que o havia indicado. A ala ideológica agora tenta emplacar substitutos.
Uma reunião foi marcada para a noite de terça-feira no Planalto para discutir alguns nomes. Bolsonaro deve reavaliar indicados que ele já se encontrou na semana passada, como Marcus Vinínius Rodrigues, que foi presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep/MEC) na gestão de Ricardo Velez. Ele é engenheiro, especializado em gestão e ligado ao mesmo grupo militar de Decotelli.
O nome do secretário estadual da Educação, Renato Feder, que figurava como escolha preferencial até a semana passada – teve até um almoço de “namoro” com Bolsonaro – deixou de figurar na lista de apostas.
Militares que sugeriram o nome de Decotelli estão constrangidos porque foram surpreendido pelos problemas acadêmicos. Ele também perdeu o apoio que tinha entre professores da Fundação Getúlio Vargas (FGV) A cerimônia de posse estava marcada para esta terça-feira, 30, às 16 horas.
Fontes ouvidas pelo Estadão, tanto do meio educacional quanto da política, acreditam que ele não vai permanecer como ministro. Deputados também adiaram eventos com o ministro na Câmara diante da indefinição. A preocupação dos militares e de educadores é que intregrantes ligados a Olavo de Carvalho agora tenham argumentos para indicar um nome que prevaleça.
Desde o fim de semana, quando a formação acadêmica de Decotelli passou a ser alvo de contestação, auxiliares do presidente argumentam que os questionamentos inviabilizam totalmente o ex-professor no cargo, em um momento em que o governo tenta recuperar a confiança na pasta. Um outro grupo ponderou que mais uma mudança no MEC pode ser pior e alegam que outros ministros também já tiveram o currículo contestado, mas seguiram no cargo após a explicação.
Um auxiliar que acompanha de perto a discussão afirma que a decisão do presidente é política, uma vez que a Educação é alvo da cobiça de partidos políticos do Centrão e também da ala ideológica do governo
Olha o MPF deverá investigar se em tese, essas hipóteses de fraudes em currículos não repercutiram no pagamento de adicionais por mérito, nos salários! Só faltava essa….