O advogado paranaense Roberto Bertholdo está preso em caráter temporário desde a última sexta-feira (28) , após a Polícia Federal cumprir 16 mandados de prisão expedidos pelo ministro Benedito Gonçalves, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no curso do processo que investiga irregularidades na área da saúde do Rio de Janeiro. Roberto Bertholdo, segundo o MPF, atuava em nome do Iabas, organização social contratada para administrar hospitais de campanha no Rio durante a pandemia. Bertholdo é acusado de ser o responsável por contratos fraudulentos.
Bertholdo foi condenado em 2006 por grampear o ex-ministro Sergio Moro, à época titular da 2ª Vara Federal Criminal de Curitiba. Na ocasião, o juiz Gueverson Rogério Farias, substituto na 2ª Vara, condenou Bertholdo a cinco anos e três meses de prisão, em regime semiaberto, por interceptação clandestina. Também foi fixada multa de R$ 576 mil.
O advogado chegou a ser preso em 2005 após ser denunciado pelo Ministério Público. O benefício do semiaberto não chegou a lhe garantir liberdade parcial, já que Bertholdo estava preso preventivamente por suspeitas de lavagem de dinheiro e tráfico de influência.
Segundo a legislação, o crime de interceptação clandestina tem pena de dois a quatro anos. A condenação ultrapassou esse tempo porque houve delito continuado. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), Bertholdo grampeou 41 conversas de Moro, entre 2003 e 2004. (Informações do Consultor Jurídico).
E as ligações dele com as liminares para garantir um habeas corpus pro Tony? Sempre tem alguém falando dos Bingos e das liminares e ninguém aprofunda isso. Muita coisa ainda mal resolvida. A história se repetindo.