Barroso lança campanha do voto eletrônico e diz que não vai polemizar com Bolsonaro

No lançamento, nesta sexta-feira (14), de uma campanha em favor da urna eletrônica, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE),Luís Roberto Barroso, disse que não vai polemizar com o presidente Jair Bolsonaro sobre o voto impresso e acrescentou  que não cabe a ele participar das discussões sobre a mudança com a deputada federal Bia Kicis, autora da proposta que institui o voto impresso, que o chamou para um debate.

Perguntado sobre as reiteradas afirmações de Jair Bolsonaro de que há fraude no sistema eletrônico, o presidente do TSE disse:Não é meu papel polemizar com o presidente. É seu direito expressar como lhe pareça bem. Nosso papel é mostrar como funciona. O TSE obedece ao que decide o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. O resto é política que tem lógica e retórica próprias”.

“Quanto às acusações de fraude, Barroso disse estar disposto a receber provas. Nós defendemos as urnas eletrônicas, mas minha paixão é por eleições lisas, limpas, livres. Nunca aconteceu, ninguém nunca trouxe prova”, disse.

Transparência – Lançado há 25 anos, o sistema eletrônico de votação brasileiro, que tem como principal elemento a urna eletrônica, nunca registrou nenhum caso de fraude. E essa tranquilidade que os brasileiros têm se deve à transparência trazida pelo voto digital, que, com o sistema produzido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pode ter sua legitimidade facilmente comprovada.

Com a crescente modernização dos procedimentos, o Tribunal decidiu reforçar aos cidadãos – por meio de uma campanha lançada nos principais veículos de comunicação – que “nas eleições brasileiras você pode confiar”, frase com a qual o ministro Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, conclui o vídeo sobre a campanha.

Além de apresentar e comprovar todas as etapas do processo eleitoral, a iniciativa tem como objetivo combater as fake news e esclarecer quaisquer dúvidas que possam surgir com relação a essa segurança.

De acordo com o ministro, a urna eletrônica possibilita a divulgação de resultados no mesmo dia e a eliminação dos casos de fraudes antes registrados nos votos em papel. “O sistema é totalmente transparente e auditável, do primeiro ao último momento. Ou seja, qualquer pessoa pode conferir tudo o que foi feito”, explica.

Barroso ainda revela que as urnas enviadas a todos os Tribunais Regionais Eleitorais possuem cerca de 30 camadas de segurança, que protegem o sistema de qualquer tentativa de invasão. O ministro também enfatiza nenhum componente é ligado à internet, o que inviabiliza o acesso de hackers.

Auditorias – Os procedimentos de segurança são auditados ao menos nove vezes, desde o início (seis meses antes das eleições) ao término (após a divulgação dos resultados do pleito) e são acompanhados por representantes de partidos políticos, da Polícia Federal, de universidades e da sociedade civil, entre outros que assim desejarem.(Do TSE).

 

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