Briga de facções ameaça rebelião na Casa de Custódia

A situação está caótica na Casa de Custódia de Curitiba, com boa chances de ocorrer uma rebelião.

O aviso está sendo feito pelo Conselho da Comunidade da Comarca da Região Metropolitana de Curitiba – Órgão da Execução Penal que diz estar recebendo relatos assustadores sobre o que se passa na unidade de segurança máxima, destinada a presos provisórios do sexo masculino e localizada no bairro CIC.
A CCC tem capacidade para 492 presos, mas na última semana abrigava 740. Concebida para guardar criminosos sexuais, a unidade comporta também presos ligados a facções. De acordo com os relatos, o Depen estaria estudando transferir os integrantes de facções para a Casa de Custódia de São José dos Pinhais. A unidade na Grande Curitiba abrigaria detentos ligados ao PCC. Já os presos da CCC fariam parte de grupos rivais, o que pode provocar revolta na unidade.

“Familiares têm procurado o Conselho para relatar o medo que tomou conta dos presos na CCC. Eles temem ser mortos se forem para São José. Muitos alegam que estão jurados de morte pelo PCC. A transferência pode provocar rebeliões nas duas unidades”, afirma Isabel Kugler Mendes, presidente do Conselho da Comunidade da RMC.

A CCC foi palco de duas mortes recentemente. Na madrugada do dia 24 de março, Renan Vieira Alves, 25 anos, foi morto por outros presos, que arrebentaram uma parede e o espancaram com uma barra de ferro. No dia 27, Anderson dos Santos Ferreira, de 25 anos, que estava no isolamento, teria ateado fogo em um colchão e morrido em decorrência do incêndio. Ele sofria de depressão e tinha histórico de tentativas de suicídio. O local onde Anderson estava servia de depósito para os colchões dos presos que mataram Renan.

1 COMENTÁRIO

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui