Ação por improbidade contra Greca volta ao TJ

Advogados do prefeito Rafael Greca que atuam no caso em que ele foi condenado por improbidade em razão do descumprimento de processo licitatório para a construção da Maternidade do Bairro Novo, em sua primeira gestão (1993/1996), explicam que a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi a de devolver o processo ao Tribunal de Justiça do Paraná. Isto é, o prefeito volta a ser julgado pela mesma acusação no TJ porque o ministro Benedito Gonçalves entendeu que ainda cabe à corte estadual julgar embargos infringentes.

O Contraponto publicou a notícia mais cedo, mas a assessoria de imprensa da prefeitura contesta com a seguinte nota:

Decisão do ministro Benedito Gonçalves determinou novo julgamento pelo Tribunal de Justiça do Paraná.

Os advogados Walter Borges Carneiro e Augusto Pastuch de Almeida, que representam o prefeito Rafael Greca, esclarecem que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) não condenou o prefeito por improbidade administrativa na ação que diz respeito ao Hospital e Maternidade do Bairro Novo, inaugurado em 1997 na primeira gestão do prefeito.

Na decisão publicada no último dia 19 de março o ministro Benedito Gonçalves determinou que seja realizado um novo julgamento. “Ante o exposto, dou provimento ao recurso especial, tendo em vista a negativa de vigência ao art. 530 do CPC/1973, e determino que o Tribunal de origem julgue os embargos infringentes, nos estritos limites, de seu objeto”, afirmou o ministro.

O ministro entendeu que não poderia o novo julgamento passar dos limites do primeiro, realizado pelo Tribunal de Justiça do Paraná: ou decidia pela improbidade administrativa ou decidia pela multa apenas. Anulou o julgamento do Tribunal de Justiça e determinou que houvesse novo julgamento do recurso.

Cabe ressaltar que a demanda já foi julgada totalmente improcedente por duas vezes. A primeira pelo juiz de primeiro grau e a segunda pelo Tribunal de Justiça do Paraná, que agora terá a oportunidade de reavaliar a decisão.

O prefeito Rafael Greca afirmou que confia na Justiça. “O Hospital e Maternidade Bairro Novo é um bem inestimável para Curitiba. Ao longo desses anos realizou quase 50 mil partos e tornou-se um hospital referência e ‘Amigo da Criança’. Faria tudo de novo”, declarou.

“Faria tudo de novo”, diz o prefeito. Sem licitação?

5 COMENTÁRIOS

  1. O Hospital foi erguido em 4 meses todo em drywall.
    Na época não havia fornecedor nacional e a lei não prevê licitação para produtos importados.
    Podem discutir o que for: condenado ele não pode ser.

  2. É por essa e mais outras que a politicalha faz o que faz; não há consequências; a Justiça presa aos processualismos e ora entorpecida com o auxílio moradia nunca chega ao mérito das causas e quando chega prescreveu a punição.

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