O ex-presidente do STF, ministro aposentado Carlos Ayres Britto, condena a manobra que será tentada pelo Senado na sessão da tarde desta terça-feira para salvar Aécio Neves do afastamento do seu mandato determinado pelo Supremo. Além do afastamento, ele foi punido também com a obrigação de se recolher em casa no período noturno – tudo em razão dos conchavos gravados que manteve com Joesley Batista em que pedia R$ 2 milhões de propina.
Segundo Ayres Brito, “o que de pior pode acontecer neste caso é o Senado sustar a eficácia da decisão do Supremo. Os senadores não têm competência legal para isso. Seria inconcebível. Se acontecer, abrirá uma fratura institucional exposta”
E, do alto de sua experiência como jurista, completou:
“É preciso deixar claro que a Primeira Turma não incorreu em esquisitice, em bizarrice, em esdruxularia deliberativa. Longe disso. O que a turma fez é perfeitamente cabível do ponto de vista técnico. Não quero dizer com isso que seja uma decisão insuscetível de críticas. Isso é secundário. O que interessa é que a decisão é tecnicamente defensável.”
O que vejo nesse momento de confusão no Brasil, é um parlamento apodrecido, um exewcutivo desmoralizado e um judiciário superior aparecendo demais, acompanhado do MPF que também deseja colher frutos com efeitos na mídia.
Não que as ações contra a corrupção sejam indevidas, mas comparando a outros países a gente não vê, não tem notícia de que uma Suprema Corte esteja diariamente na televisão, dando declarações se digladiando entre si. inde cada um quer aparecer mais.