O presidente Jair Bolsonaro está reunido com ministros de Estado e o vice-presidente Hamilton Mourão, no Palácio do Planalto, para tratar da situação da Venezuela. Juan Guaidó, reconhecido pelo governo brasileiro como presidente encarregado da Venezuela, disse nesta terça-feira (30) que tem o apoio dos militares para, segundo ele, conseguir “o fim definitivo da usurpação” do governo de Nicolás Maduro.
Guaidó convocou às ruas todos os venezuelanos que se comprometeram a se manifestar para exigir a saída de Maduro.
Além de Mourão, participam da reunião os ministros das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, da Defesa, Fernando Azevedo, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.
Na madrugada desta terça, os líderes opositores Juan Guaidó e Leopoldo López deram início à uma ação para tentar derrubar o governo Maduro. López, que estava em prisão domiciliar, foi para a rua ao lado de Guaidó. Ambos se dirigiram para a base aérea La Carlota, em Caracas, onde anunciaram o apoio de militares dissidentes e convocaram a população a se juntar a eles.
Mais cedo, Maduro havia compartilhado imagens da TV estatal VTV, que mostravam apoiadores em frente ao Palácio de Miraflores, sede do governo. Eles estariam ali para protestar contra o movimento liderado por Guaidó para depor o ditador.
Eram 6h (7h em Brasília) quando Caracas despertou de modo tenso. Após as declarações do líder oposicionista em frente à base aérea, o dia amanheceu com buzinaço e gritos. Também eram ouvidos panelaços.
O trânsito por volta das 8h (9h em Brasília) estava caótico. O Exército fechou diversas avenidas da cidade e há congestionamentos nas ruas. Os buzinaços não param, assim como os gritos de “Operação Liberdade” e o famoso “Maduro, vá a m…”, que já virou bordão da oposição.