Pediatras fora das UPAs. Secretária não diz se pode ou não pode

Semana passada, este Contraponto registrou objetivamente uma denúncia da Sociedade Paranaense de Pediatria (SPP) segundo a qual a secretaria municipal de Saúde de Curitiba estaria tirando pediatras das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A SPP citou dois locais da rede em que crianças e adolescentes já são atendidos por médicos generalistas e não mais por pediatras, as UPAs do Boqueirão e do Tatuquara.

<<Saúde tira pediatras das UPAs. Pode?>>

A notícia gerou comoção. O deputado Ney Leprevost, por exemplo, até já protocolou pedido para que o Ministério Público Estadual investigue a veracidade e a conveniência da medida.

Comoção maior, no entanto, foi manifestada pela própria secretária municipal da Saúde, a enfermeira Márcia Huçulak, que, por indicação do deputado Luciano Ducci, substituiu na pasta o médico pediatra João Carlos Baracho já nos primeiros meses da gestão do prefeito Rafael Greca. Em carta, Huçulak decidiu investir contra o Contraponto, simples mensageiro de uma notícia divulgada por entidade médica respeitada – a Sociedade Paranaense de Pediatria -, salvo se deste conceito não compartilhar a própria secretária.

Mas isso é o de menos. O que importa é que a secretária, ao endereçar a carta em tons irritados ao Contraponto, fez digressões a respeito de um dado secundário (e já contestado) sobre suposto aumento do índice de mortalidade infantil na gestão Greca, mas deixou de responder objetivamente se, de fato, está havendo ou está nos planos da secretaria municipal de Saúde reduzir ou eliminar de vez a presença de médicos pediatras nas UPAs.

Este site reproduz abaixo a carta da enfermeira Márcia Huçulak e abre à secretária o espaço que considerar necessário para esclarecimentos mais objetivos, de modo, principalmente, a eliminar as dúvidas no campo profissional médico levantadas pela Sociedade de Pediatria.

Resposta ao Celso Nascimento UPAs e Pediatras

6 COMENTÁRIOS

  1. O dado sobre o aumento da mortalidade infantil foi fornecido pela própria Secretaria Municipal de Saúde em audiência pública na Câmara de Vereadores. Posteriormente a informação foi corrigida. Então, por uma questão de justiça, atribua-se o equívoco à própria SMS. Como diria o frasista Rafael Greca, “Quem pariu Mateus que balance”. Na época a explicação foi a de que teria sido produto de um alegado erro de cálculo… Ao que parece, e sem viés partidário, se empregou o denominador errado na fórmula que calcula o número.
    Em tempo: Os baixos índices de mortalidade infantil em Curitiba devem ser motivo de orgulho e são frutos de uma construção coletiva que se manteve ao longo das diversas gestões municipais. Como deve ser.

  2. Que bando hein..seria redundância dizer que bando é aqui coletivo de bandidos? Noêmia Rocha, Tito Zeglin e prof Euzer: pau neles! Vcs nos representam , não permitam que esses secretários imorais dessa gestão executiva vergonhosa para nossa história tenham êxito em seus intentos contra a constituição

    • Pois é, uma condenação sobre empréstimos para uma empresa que não tinha garantia com indícios segundo o T.C.E. de que houve uma manipulação na avaliação do rating da tomadora… Não entendo por que isso ainda não foi encaminhado ao MPF para verificar a questão de gestão temerária ou gestão fraudulenta de instituição financeira é só pegar o Acordão do TC e encaminhar para o MPF, competente para esse tipo de conduta…

  3. Preposta do Ducci, já em gestões passadas Baracho caiu e Ducci entrou no seu lugar, alguém já falou por aí quais as razões do Baracho ter saído ? Não foi saúde dele né?

  4. Bom Dia Celso. Essa Secretária deve cair agora em fevereiro na troca de secretariado do Greca. Secretária mais autoritária e com complexo de grandeza por ser “a secretária de saúde” nunca na história houve em Curitiba como essa. A tempo, e a reforma do secretariado, além dela, quem mais cai? Jamur?

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