Advogados do ex-doleiro Albert Youssef entram nesta sexta-feira (15) no Supremo Tribunal Federal (STF) com denúncia contra o atual senador e ex-juíz federal Sergio Moro (União-PR) na tentativa de anular a sua delação premiada, argumentando que ela foi obtida de forma ilegal.
De acordo com a coluna Radar, da revista Veja, “o ex-operador de propinas na diretoria de Abastecimento da Petrobras elaborou um inventário de atos de Moro que teriam contribuído para acobertar o escândalo do grampo clandestino encontrado na carceragem da Polícia Federal de Curitiba logo no início da Lava Jato. Para Youssef, foi a suposta ‘ingerência’ de Moro na investigação sobre o grampo que conseguiu abafar o caso e evitar que a
Lava-Jato ruísse na primeira fase da operação, por seus métodos ilegais, antes mesmo de chegar aos figurões da corrupção na estatal”.
Segundo a revista, Youssef pede ao ministro Dias Toffoli que o “STF assuma a investigação contra Moro no caso do grampo da PF e, atestando a ilegalidade, abra caminho para lançar a delação mais importante da Lava-Jato na mesma lixeira em que está o acordo da Odebrecht”.