O vereador bolsonarista Éder Borges (PSD) causou polêmica na sessão de desta quinta-feira (13) da Câmara Municipal de Curitiba. Ele disse que não existe racismo em Curitiba e no Brasil. A declaração foi dada em resposta à Carol Dartora (PT), primeira mulher negra a ser eleita vereadora da capital paranaense, que na última terça-feira (11), criticou declarações de Borges sobre a chacina na favela do Jacarezinho, no Rio de Janeiro, que resultou em 28 mortes. A informação é do portal Bem Paraná.
“Eu lamento, eu adoraria não ter que falar de racismo o tempo todo. Eu adoraria não ser eu que precise falar de racismo o tempo todo, sendo uma mulher negra. O nosso País é ancorado em uma desigualdade de gênero, raça e classe. Tudo no nosso País é racismo sim. Dos 38 vereadores que estão aqui, apenas três se declaram negros. Isso é uma desigualdade escancarada que não tem mais como ser negada”, disse Dartora.
“A vereadora vive falando de genocídio da população negra brasileira. Vamos acabar com esse negócio. Como se a população brasileira fosse racista. Acusando todo mundo de racismo. Que é um crime. Isso não é verdade”, respondeu o vereador do PSD.
Borges voltou ao tema na sessão desta, afirmando que não aceitava que a vereadora dissesse que existe racismo em Curitiba. “Eu não posso concordar, chamar a minha cidade de racista. Isso não é justo, não é correto. Racismo é crime. Não posso aceitar que chamem os curitibanos de criminosos”, alegou.
“O Brasil é uma miscelânea de todos os povos do mundo. Não tem como ser racista. Deixemos de disseminar tanto preconceito, tanta mágoa, tanto ‘mimimi’”, afirmou ele. (Do portal Bem Paraná).