Da denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) e aceita pelo juiz Sergio Moro constam detalhes interessantes sobre o envolvimento dos amigos e sócios do ex-governador Beto Richa nos métodos de recebimento das propinas pagas pela Odebrecht para ganhar a licitação da PR-323. Eram feitos inúmeros contatos e “boladas” formas de tornar discretas as entregas parceladas dos R$ 4 milhões pagos pela empreiteira.
Um dos trechos da denúncia diz que há registros no sistema de contabilidade informal da Odebrecht em favor de Beto, sob o codinome de “Piloto”.
Foi produzido o Laudo Pericial 1095/2018-SETEC/SR/PF/PR (evento 1, anexo48) a fim de verificar se há registros no sistema de contabilidade informal da Odebrecht dos pagamentos efetuados ao codinome “Piloto”.
Foram identificados pagamentos de R$ 500.000,00 em 04/09/2014, de R$ 500.000,00 em 11/09/2014, de R$ 1.000.000,00 em 18/09/2014, de R$ 1.000.000,00 em 25/09/2014, de R$ 500.000,00 em 09/10/2014, com entregas em endereços em São Paulo/SP. Os lançamentos estão, no próprio sistema, relacionados à obra “PR 323 – Rodovia PR 323”. Textualmente:
Em um dos lançamentos consta a informação específica do local de entrega: “entregar na Alameda Lorena, 1.052, Jardins, apt. 62, ao Sr. Jorge às 15:00hs”. Segundo cadastros de CPF, Assunta Lunardelli Ninno reside no local (evento 1, anexo 53). Ela é sócia minoritária da empresa Jade Turismo Ltda., também segundo o cadastro. Yonne Ninno Leite é sócia majoritária, conforme cadastro da Receita Federal do evento 1, anexo 54, e também é mãe de Flora Leite Atherino (evento 1, anexo 55), que, por sua vez, é cônjuge de Jorge Theodócio Atherino.
PARA SABER: o primeiro emprego do Beto Richa, depois que “se formou”, sem ter lido um único livro, foi na firma Morar do Brasil, cuja sede era na Rua Dom Pedro II. O Jorge Theodócio Atherino trabalhava lá, porque o proprietário era seu cunhado (casado com a sua irmã Chica Atherino) . Portanto, o Beto Richa e Jorge eram amigos há muitos anos. Quando a Jade Turismo Ltda, empresa criada lá pelos anos de 1.965, era do JAMIL DEGAN (por isso o nome JADE), Jamil vendeu a JADE e fugiu de Curitiba, depois de roubar mais de U$ 1.000.000,oo da PANAM e de pegar outros DOIS MILHÕES, de riquinhos da City, para depositar em Nova York…….
Lá em N.Y., o Jamil montou um restaurante na Little Brazil, e mais tarde em 1989 FALSIFICOU UM DOSSIÊ CHAMADO DE “Ilhas Cainã”, que tentou vender em Miami ao Pastor Caio Fabio. O dossiê confirmava a existência de uma conta bancaria que incriminaria o candidato Mario Covas. Nas eleições presidenciais de 1989, Covas foi o candidato do PSDB e também por conta do tal dossiê (que também incluía FHC), Covas ficou em quarto lugar. Collor ganhou as as eleições. Eu, Guilhobel, descobri a farsa do dossiê e passei ao Ricardo Boechart, que na época trabalha no Jornal O Globo , do Rio (a Gazeta do Povo reproduzia a coluna do Ricardo) e o Jamil foi preso em Nova York. Respondeu pelo crime pagando uma fiança de U$.50.000,00… Por conta dessa mesma JADE tem herdeiros tem credores e herdeiros de credores, do Jamil Degan, aqui em Curitiba, ainda lamentam a perda de dólares. Só de um amigo meu, que ainda está vivo, tem hoje 94 anos, ele roubou U$ 70.000,00. Foi pela assinatura do Jamil nessa Nota Promissória (de U$ 70 mil), que descobri a autoria do dossiê das Ilhas Cainã.