Vaiado, ministro do Meio Ambiente abandona plenário do Senado e é chamado de fujão

O ministro do Meio Ambiente,  Ricardo Salles, foi vaiado no Senado Federal na manhã desta quinta-feira (6) ao participar de sessão especial em comemoração ao Dia do Meio Ambiente. Além das vaias, foi chamado de “fujão”, ao sair do plenário da Casa antes do término do evento.

“A democracia é assim. Cada um reage da maneira que quiser”, afirmou ao deixar o local cercado de assessores, sem mais nenhum comentário sobre as cobranças que ouviu antes de seu pronunciamento. Segundo Salles, a visão do governo “é muito mais de colaborar”. “Meu papel enquanto Executivo precisa sempre ser de colocar a boa gestão com o que temos de recursos humanos e, sobretudo, financeiros”.

“Tenho a missão de defender o que fazemos no Ministério, e fazemos porque temos a convicção de que são medidas necessárias. Não há pessoas minimamente razoáveis que possam negar a importância do meio ambiente.

Falou ainda das unidades de conservação e destacou que não há intenção de extingui-las. “Muitas foram criadas sem preocupação de regularização de dirimir conflitos e a principal consequência é a permanência de ameaças à questão ambiental”. No início de maio, no entanto, o Ministério do Meio Ambiente instituiu um grupo de trabalho para revisar a criação de 334 unidades de conservação  e, em entrevista à imprensa, o ministro não descartou a possibilidade de revogação de algumas delas.

Com relação ao fim de órgãos, o ministro culpou sucateamentos recebidos de gestões anteriores. Neste momento foi vaiado pela primeira vez. O ministro já havia feito comentário semelhante ao rebater críticas que recebeu dos ex-ministros do Meio Ambiente.

Em referência à deputada Joênia Wapichana (Rede-RR), que falou antes dele, Ricardo Salles, disse concordar com a importância dos povos indígenas na conservação das florestas. “Reconhecemos que há uma falta de regularização jurídica e alternativas e econômicas a essas terras e fazem com que esse conflito permanente vá se perpetuando e precisamos ataca a causa das pressões já existentes”.

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