Um cemitério em área de preservação ambiental. Pode?

Moradores de Campo Magro, município da região metropolitana de Curitiba, procuraram o deputado Ney Leprevost (foto) para informar que estão apreensivos com a possibilidade de instalação de um cemitério particular na região da Colônia Rodrigues e Jardim Bom Pastor, Área de Preservação Ambiental do Passaúna.

Segundo os relatos, o terreno em que se pretende construir o cemitério vertical está localizado em uma área que faz divisa com chácaras de produtores agrícolas, escolas de ensino fundamental, educação especial e residências da comunidade local. Outro argumento dos moradores é que na região existem vários mananciais de grande porte e que abastecem a população da cidade.

Ney pede apuração da legalidade desta obra. “Vamos solicitar ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP, um pedido de informações se todas as exigências ambientais estão sendo cumpridas como o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental EIA-RIMA. Também faremos, junto ao Ministério Público, um pedido de acompanhamento do licenciamento ambiental e a liberação do álvara da obra”, disse o parlamentar.

Ney, que é presidente da Comissão de Turismo, demonstrou preocupação com a possibilidade da futura construção interferir na atividade turística da região. “O município de Campo Magro tem um forte potencial turístico e busca o fortalecimento da agricultura familiar. Também oferece vários atrativos como o Morro da Palha, que é muito usado para a prática de salto de parapente e passeios de trilha com motocicletas, a Cascata da Professorinha, a Lagoa Azul, que também é conhecida como Pedreira, as Cachoeiras Gêmeas, a Trilha do Ouro e a Igreja Matriz de Campo Magro – Nossa Senhora Imaculada Conceição”.

4 COMENTÁRIOS

  1. O empreendimento contraria a vizinhança que já se instalou no local em razão da sua vocação agroecológica, turística e cultural. Não havia cemitério nenhum, nem a perspectiva de haver um no futuro. Portanto, o local foi escolhido de forma totalmente inadequada. A Prefeitura e os demais poderes públicos devem ser os primeiros a zelar pelo interesse público e designar a área mais adequada. O cemitério não está vocacionado para esse local. Um pouco de bom senso é necessário neste assunto.

  2. O curioso é que nenhum desses citados aí acima, preocupados com Turismo ou produtores da região, se manifestou a respeito do cemitério paroquial de Campo Magro. Que está contaminando há anos o solo da região, e que por csusa disso está impedido de receber mais sepultados. E mais curioso é que os que morrem vão ser sepultados em cemitérios de outros municipios, daí não é problema o cemitério receber gente de outra cidade.

  3. Campo Magro vive dos royalties ambientais e quase toda sua área é de preservação ambiental. Certamente este é um cemitério que vai atender principalmente a população de Curitiba. É a velha história de sempre, a metrópole joga seus rejeitos nos municípios vizinhos que, a troco de migalhas, aceita de bom grado, o falso progresso. Em breve – vamos bater na madeira 3 vezes – este belo município pode se transformar numa terra realmente magra, exaurida, e perder todo o potencial que tem para o turismo sustentável e para a educação ambiental.

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