Três testemunhas-chave contra Beto Richa & cia

Um amigo muito especial, uma servidora graduada do Tribunal de Contas do Estado e um deputado estadual eleito são três das testemunhas arroladas pelo Ministério Público Federal como testemunhas na denúncia que ofereceu contra o ex-governador Beto Richa por envolvimento em esquemas com as concessionárias de pedágio que administram o Anel de Integração.

O primeiro nome listado como testemunha é do (ex) amigo Maurício Fanini, ex-diretor da Educação que operou o desvio de pelo menos R$ 20 milhões de recursos que estavam destinados à construção de escolas. Fanini sabe tudo sobre Beto e família: era companheiro de viagens internacionais, frequentador da casa imperial e íntimo das atividades dos porões do Palácio Iguaçu, com ligações estreitas com o primo distante Luiz Abi Antoun e com os ex-secretários Deonilson Roldo e Ezequias Moreira.

Fanini, preso desde o ano passado, negocia uma colaboração premiada com a Polícia Federal, que será peça-chave para a compreensão de como funcionava a corrupção sistêmica no âmbito do governo estadual.

Já o deputado estadual eleito que também foi chamado pelo MPF para ser testemunha é o advogado Homero Marchese (PROS), que obteve 42 mil votos na eleição de outubro passado, em grande parte concentrados em Maringá, onde é vereador (foi recordista de votos na eleição municipal de 2016). Já nos primeiros meses de mandato, quase foi cassado pelos colegas por denunciar irregularidades na administração das creches municipais da cidade.

Antes foi funcionário do Tribunal de Contas do Estado na área técnica. Viu tudo o que acontecia por lá e, sem poder fazer muita coisa, pediu demissão – um gesto raro entre servidores que chegam à “Corte de Contas” por concurso. Largou tudo e foi advogar em Maringá.

Outra testemunha é Eliane Senhorinho dos Santos, assessora de Planejamento do Tribunal de Contas – lugar por onde passam todos os atos do governo que envolvem a aplicação de montanhas de recursos orçamentários. Quem ocupa funções ali acaba sabendo de tudo. Eliane tem experiência no setor de pedágios. Foi ela, por exemplo, que sustentou em 2005 (14 anos atrás!) uma das primeiras ações para romper o contrato com a poderosa CCR, concessionária que administra o rentável trecho Curitiba-Apucarana do Anel de Integração.

O Ministério Público Federal tem certeza que estas três testemunhas têm muito a revelar e comprovar sobre os esquemas denunciados.

2 COMENTÁRIOS

  1. Não esquecer de levar as investigações, mesmo que judicialmente não haja pena por prescrição, para Requião e Lerner para devolução de valores ao erário paranaense!!!!!!

  2. Parabéns pelas investigações!
    Tem que mostrar para todos os paranaenses, o quanto essa quadrilha roubou do Estado. E fazer bloqueio dos bens, para reparar parte do prejuízo.

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