O empresário e ex-deputado Tony Garcia se tornou nos últimos meses uma espécie de “homem bomba” – não com o mesmo destino fatídico dos terroristas do Estado Islâmico que se explodem, mas pela carga letal dos seus arquivos. De tempos em tempos, pastas com documentos e gravações comprometedoras que ele guardou ao longos dos anos em que desfrutava de intimidade com o amigo Beto Richa aparecem para alimentar inquéritos do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal – para desgosto do ex-governador, que se vê cada vez mais próximo de se tornar alvo de outro artefato ainda mais mortal, a caneta do juiz Sérgio Moro.
Foi dos arquivos implacáveis de Garcia que emergiu, por exemplo, a gravação que jogou Beto Richa no colo de juiz da Lava Jato – aquela que registrou a conversa do chefe de gabinete Deonilson Roldo tentando convencer um empreiteiro a se retirar da licitação da PR-323 para que o governo do estado pudesse honrar o “compromisso” que já tinha firmado com a Odebrecht. Planilhas recolhidas pelas autoridades vieram, depois, dar veracidade ao conteúdo da gravação: há registros de transferências de “doações” da Odebrecht por conta das obras da 323.
Tony Garcia parece se divertir com suas façanhas. Ainda hoje (quinta, 26), publicou no seu Facebook, mais um resultado de suas denúncias. Além dos efeitos judiciais, o ex-amigo Beto Richa amarga também efeitos políticos, já que o conjunto da obra está pondo a perigo sua candidatura ao Senado e até mesmo a própria sobrevivência política.
Veja o que Garcia escreveu:
Quem tudo quer, nada tem!!!
É o que diz o velho ditado popular, e isto parece se dar com o PSDB do Paraná.
Depois de sete anos governando, ou desgovernando, o Paraná, o PSDB naufraga em sua maior crise da história em nosso estado.
Passou rapidamente da condição de princesa desejada, para patinho feio. Seu comandante maior, Beto Richa, abusou da regra três, onde menos vale mais. Após deixar o governo liberou o deputado Traiano para compor com Ratinho Junior, do mesmo jeito, fez com o deputado Rossoni, só que nas hostes de Osmar Dias, e deixou à mingua sua sucessora na tentativa de isolá-la. Deu com os burros n’água.
Nem Ratinho Junior, nem Osmar Dias aceitam Beto Richa por perto, ao contrário, querem-no bem “distante”.
Em desespero, Beto perfilou-se à frente de Ricardo Barros, sem as exigências de outrora, colocou-se à disposição para ingressar com seu partido na chapa de Cida imediatamente, ouviu o que não queria, ou mesmo, não imaginava, um rotundo NÃO.A soberba que foi sempre a companheira íntima dos tucanos nativos, desmoronou, veio à baixo, perceberam tardiamente, que nunca deve-se ter a pretensão de ser mais esperto que a esperteza, e agora combalidos e preteridos, buscam desesperados partidos nanicos que se disponham a abrigá-los.
Caso não os consigam, ficarão à deriva, e com grandes chances de naufragarem vergonhosamente no pleito que se aproxima, vendo suas bancadas federal e estadual definharem inexoravelmente.
De quem é a culpa?
Ao meu ver, da soberba.
Tony Garcia
Tony Garcia, ex-presidiário, vive ameaçando Beto Richa. Garcia disse que possui muita informação sobre Richa e que suas informações são diretas da fonte: Ministério Público.
porém, procurador da Lava Jato, Diogo Castor de Mattos, que tem sido apontado como fonte de Tony, disse não existir uma suposta relação com o empresário. “Não tenho nenhuma ligação com esse senhor e muito menos amizade”, disse.
Castor se refere a um possível acordo – seria a segunda vez – do empresário com a Justiça.
O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, (Gaeco), Leomir Batisti, também tem sido citado pelo empresário.
Tony Garcia foi condenado em novembro de 2006 por crime contra o sistema financeiro nacional. A pena previa seis anos de prisão em regime aberto, além do pagamento de R$ 10 milhões e a perda de dois imóveis que eram do Consórcio Nacional Garibaldi, recursos que deveriam ser utilizados para indenizar as vítimas da falência da empresa, ocorrida em 1995.
Se esse cara sabe tanto, pq demora tanto para soltar? Se minha finada vó estivesse entre nós, diria que esse auê todo, nada mais são que efeitos avassaladores de um amor não correspondido.
Pesquesa sobre o “Caso de Bertholdo” e o escandalo de liminares (publicado pela IstoÉ), que logo entenderá a dimensão e a apmlitura do excesso de cautela. Ele escolhe o pilar que vai derrubar. Mas tbm tem as moedas de troca. Cabe a ele terminar esta história como Herói ou Vilão. Tudo depende de como o povo vai apoia-lo. E atualmente o povo só sabe xingar e julgar. Por isso talvez esse Furacão não venha forte.
O Paraná esquece coisas sem respostas e busca respostas de coisas esquecida?? A pressão continua, mas não pode se perpetuar se a imprensa não agir.
http://encontrofortuito.blogspot.com/?m=1
Pq oq ele sabe ultrapassa os descuidos do legislativo e do executivo de âmbito nacional. Principalmente quando precisou trancar suas ações para ficar elegível em determinada época. Este senhor pode mudar a história do Paraná, de Brasília e do País se quiser.
Não sei porque dão tanto espaço para esse elemento…