Sobre presídios, celas modulares, casas populares

O governador Beto Richa assinou nesta quarta-feira (foto), no Palácio Iguaçu, um contrato de R$ 160 milhões com a Caixa Econômica Federal para construção e ampliação de 14 unidades prisionais. Serão criadas 6.350 novas vagas no sistema penitenciário paranaense em dois anos, com oito ampliações e construção de seis unidades novas. 
Os novos presídios serão construídos em Apucarana, Campo Mourão, Foz do Iguaçu e Guaíra, com 544 vagas cada. Londrina terá uma unidade com 576 vagas. O complexo penal de Piraquara vai receber uma unidade com 516 vagas para presos de 18 a 25 anos.”

Esta informação saiu na Agência Estadual de Notícias, do Palácio Iguaçu. De que data você pensa que é a notícia? De ontem? Anteontem?

Não, é de 9 de janeiro de 2013, cinco anos atrás!!!

Os presídios não saíram, todos sabem disso. Tem apenas dois em início de construção. E do empréstimo assinado com a Caixa Econômica também não se sabe que destino tomou.

Sobre presídios, celas modulares, casas popularesEnquanto isso, nesses cinco anos os presos foram sendo amontoados no xadrez das delegacias da Polícia Civil. São quase dez mil detentos vivendo nesta situação. Até a ONU deveria ser chamada para intervir no descalabro que tomou conta das cadeias. Ou o Tribunal de Nuremberg.

Enquanto nada acontece, o governo improvisa, sem licitação, instalar celas modulares de concreto que vão abrigar, em situação que se tornará miserável em poucas semanas, 612 presos – 12 em cada uma – ao custo total de R$ 8 milhões. Ou R$ 156 mil cada cela modular que a foto mostra. Seis vezes mais do que custa uma moradia popular construída pela Cohab, como a do foto abaixo:

Sobre presídios, celas modulares, casas populares
Chaves de 24 novas moradias rurais foram entregues a famílias de pequenos produtores dos municípios de Boa Ventura de São Roque e Prudentópolis, na região de Guarapuava. As obras receberam R$ 684 mil em recursos do Programa Nacional de Habitação Rural, utilizados para custear o financiamento dos imóveis.

2 COMENTÁRIOS

  1. Os fatos estariam a requerer uma investigação, realiza-se um empréstimo com pompa e circunstância e o dinheiro não é aplicado ? Não é o caso de se perguntar: cadê o dinheiro que estava aqui ? Será que algum parente ou amigo “distante” do governo ficou com ele pelo caminho ?

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