Setores do Turismo promovem nesta quarta a Caminhada pela Reparação em Curitiba

Representantes de entidades e trabalhadores dos 54 segmentos econômicos envolvidos no Turismo promovem, nesta quarta-feira (24), a “Caminhada pela Reparação”. A intenção é mostrar à sociedade e aos governos, a crise que atinge o setor desde o início da pandemia covid-19. Em Curitiba, a concentração terá início às 15 horas na Praça 19 de Dezembro (Praça do Homem Nú). A mobilização é organizada por várias entidades e terá atos nas principais cidades do Paraná. “Nossa caminhada não é pela reabertura, é pela justa reparação”, afirmam os coordenadores da convocatória. Os últimos ajustes do evento foram definidos na segunda-feira (22).

Alguns setores estão há 11 meses sem poder trabalhar, outros enfrentam restrições tão severas que inviabilizam sua operação. As demissões em eventos, hotéis, agências de viagem, restaurantes e bares, ultrapassam milhares de pessoas que estão desamparadas na capital e cidades do interior.

“Sempre que solicitamos operar dentro das regras de prevenção, nos foi negado trabalhar alegando-se o princípio do bem comum e da precaução”, dizem as entidades. “Acolhemos resignadamente estes argumentos e nos amparamos no momento no judiciário”, ressaltam em carta aberta à sociedade.

De acordo com os setores, já que não pode haver justa igualdade na distribuição do ônus da grande crise ocasionada pela Covid-19, que haja reparação pois, mesmo proibidos por decreto de funcionar, continuaram as faturas de aluguel, de impostos como IPTU, de luz, de condomínio, de folha de pagamento dos funcionários, etc.

“Se essa proibição ou severa restrição de funcionamento é do interesse da coletividade, que seja assim, a coletividade representada pelo poder público, que editou a norma que nos proíbe de trabalhar, de ganhar o pão, a nos fazer a justa reparação”.

Contexto –  Desde o início da pandemia, as medidas adotadas pelos governos provocaram a falência de 40% dos bares, 30% dos restaurantes, 75% das casas noturnas e 80% das empresas de eventos, resultando no fechamento de milhares de empregos em todo o Estado, especialmente na capital e cidades turísticas que existem grande concentração de empresas do ramo.

“O endividamento é superior a 90% da categoria, com expectativa de retomada e normalização somente em 2023”, afirmam. Nesse caso, ressaltam, “deve-se obedecer. Entretanto não podemos negar que resistir é um direito reconhecido aos cidadãos em certas condições. A resistência é legítima em nossa condição quando a ordem que o poder impõe está divorciada da justiça”, completam.

Participam e apoiam o ato: Abav-PR, Abeoc-PR,  Abih-PR, Abrabar, Abrasel, ACP, Sindabrabar, Sindhoteis, Sindiprom, Curitiba Convention & Visitors Bureau, Liga das Hamburguerias de Curitiba, Centro Europeu, Inspirar Gourmet, Família Camisa Preta, Profissionais do Setor de Eventos Sociais, Infantis e Correlatos.

1 COMENTÁRIO

  1. Ninguém quer imposto, ninguém quer normatização, ninguém quer pagar o custo da ação social nos encargos, mas na hora que o bicho pega querem que o governo sustente as empresas. Querem governo liberal, aí está o resultado

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