A maior parcela dos eleitores do Rio de Janeiro que antes estavam inclinados a votar em Lula não vai transferir pesadamente sua preferência por outros candidatos. Até o momento, em que mais se beneficia com a proibição para que o ex-presidente concorra à eleição de outubro é o “nenhum”, em compasso pouco superior ao que beneficia Marina Silva (Rede).
Lula figurava na última sondagem do instituto Paraná Pesquisas com 26%, logo abaixo de Bolsonaro (28%). Os votos em branco ou não sabe somavam 20%. Quando confrontados com uma lista de candidatos sem o nome de Lula, 25% dos seus eleitores preferiram migrar para a categoria do “nenhum”, que cresceu para 26%, uma diferença, portanto, de 6 pontos porcentuais.
A candidata Marina Silva, porém, foi quem mais se beneficiou do espólio deixado pelo ex-presidente. Seus índices cresceram 5 pontos porcentuais. Fernando Haddad (PT), virtual substituto de Lula, apareceu com outros 5%. Os demais votos que antes seriam conferidos ao candidato barrado pelo TSE foram distribuídos em proporções menores para Ciro Gomes (4 pontos a mais) e, em aparente contradição, também para Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB) e Alvaro Dias (Podemos), candidatos do campo oposto.