Termina às 17h30 desta segunda-feira (14) o prazo que a prefeitura deu para que corretoras de seguros apresentem proposta para administrar o seguro de vida em grupo dos seus 35 mil servidores. O prazo começou a contar no dia 8, terça-feira passada. Significa que, na prática, eventuais interessados em participar do pregão tiveram apenas cinco dias úteis para estudar as melhores e mais baratas condições para proteger as famílias dos funcionários.
Os valores são descontados nos holerites dos próprios funcionários, num total, hoje, de cerca de R$ 2 milhões por mês. Parte dessa receita (coisa de 5%) fica com o Instituto Municipal da Administração Pública (IMAP), órgão da própria prefeitura. Com a corretora que ganhar o processo de seleção, outro tanto ou até mais.
Trata-se, pois, de um bom negócio, pelo qual costumam se interessar muitas seguradoras e corretoras. Mas com este prazo exíguo até a gigante Bradesco Seguros desistiu de apresentar proposta: seria impossível fazer os levantamentos atuariais necessários em tão pouco tempo. O seguro morreu de velho, dizem as próprias seguradoras.
Este fato pode favorecer quem já presta o serviço há muitos anos (no caso, a seguradora Capemisa, do Rio de Janeiro) ou outra que tenha tido acesso antecipado e privilegiado aos dados. Neste caso, o seguro nunca morre de velho.