Gaeco cumpre mandados em São Jerônimo da Serra, Sapopema e Nova Tebas

O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Justiça de São Jerônimo da Serra, no Norte Central do Estado, cumpre nesta terça-feira (25) oito mandados de busca e apreensão nas residências do prefeito afastado (João Ricardo de Mello, do Cidadania),  e do ex-presidente da Câmara Municipal de São Jerônimo da Serra, bem como em casas e escritórios de ex-servidores e na residência de um advogado. Os mandados são cumpridos em São Jerônimo da Serra e em Sapopema no âmbito de operação que investiga crimes de associação criminosa, peculato e corrupção ativa e passiva.

As investigações foram desencadeadas a partir da apreensão de um pen drive que estava em poder do prefeito afastado e no qual foram encontrados indícios de desvios, ocorridos mediante a inserção de verbas complementares nas folhas de pagamento de servidores, com autorização destes, para que, posteriormente, fossem devolvidos e repassados a vereadores em troca da obtenção de apoio político ao gestor público.

Os mandados de busca e apreensão foram emitidos pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná e incluem a proibição de cinco investigados frequentarem a Câmara Municipal e ainda de manterem contato entre si. (Do MPPR).

 Nova Tebas

Três mandados de busca estão sendo cumpridos nesta terça-feira (25) em Nova Tebas pelo Gaeco. Deferidas pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná, as ordens estão sendo executadas na prefeitura e nas residências do prefeito e do secretário municipal de Planejamento. A pedido do MPPR, a Justiça também proibiu quatro empresários que são investigados por participação no esquema de frequentar a prefeitura, bem como de manterem contato entre si e com servidores do município. Além disso, foi determinada a proibição de empresas ligadas a eles de participarem de processos licitatórios.

São investigados os crimes de fraude licitatória, desvio de recursos e falsificação de documento, relacionadas à entrega pelo prefeito de uma motoniveladora do município que precisava de conserto. O procedimento foi feito sem qualquer formalidade (havendo inclusive suspeita de que a máquina devolvida ao município não seria a mesma) e em nenhum momento houve preocupação com o controle do custo do serviço. Além disso, posteriormente, juntamente com outros servidores públicos, para legalizar o pagamento, o prefeito teria fraudado processo licitatório, recorrendo a três empresários de Londrina, cujas empresas já estavam envolvidas em outras fraudes licitatórias.

A investigação decorre da Operação Operação Dejà Vú, deflagrada em outubro de 2019 para apurar crimes de fraude em licitações, corrupção e falsidade ideológica no Município de São Jerônimo da Serra.

 

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