(por Ruth Bolognese) – O ex-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, hoje deputado Federal pelo PSDB, Valdir Luis Rossoni, é a figura-símbolo de que o combate à corrupção vai muito além da transparência e do fim da impunidade na gestão pública.
Rossoni assumiu o comando da Casa na sequência do escândalo dos Diários Secretos, o maior trabalho de investigação jornalística do Paraná, detentor do premio Esso na Gazeta do Povo.
Firmou a imagem de honesto e incorruptível com propaganda algo patética, mas eficiente: a devolução de cheques ao governo do estado com as sobras no orçamento da Assembleia. Era a “prova” que, com uma boa limpeza de funcionários suspeitos e cuidado com dinheiro público, dava pra economizar uns bons trocados.
No pós Bibinho, o diretor geral Abib Miguel, com séculos de condenação nas costas por corrupção, era uma bênção. Na real, nem tudo são flores.
O ex-presidente da Assembleia já tem cinco inquéritos instalados por malfeitos, entre eles, dois por suspeitas de irregularidades em licitações enquanto estava no comando da Casa e o envolvimento do nome dele na Operação Quadro Negro, que desviou, segundo o Ministério Público do Paraná, mais de R$ 20 milhões de recursos de escolas públicas para favorecer a reeleição do ex-governador Beto Richa.
O fim do foro privilegiado está trazendo essas investigações para o Paraná, o que permite a visão mais ampla de todos os processos. E a primeira consequência já se estabeleceu: Rossoni, de fato, foi o sucessor da era Bibinho.
É do PSDB. Então vale a célebre frase proferida pelo mundialmente famoso juiz, e que já se tornou um mantra jurídico; NÃO VEM AO CASO. E ponto final.
Uma das piores figuras políticas do Paraná. Deixou um legado de corrupção e subserviência de pessoas mal intencionadas e preocupadas com seus próprios interesses. O homem do pijama. Vergonha do Estado