Ricardo Barros recebe críticas por defender nova Constituição

O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados, passou a receber críticas após ter defendido, na manhã desta segunda-feira (26), uma nova Constituição, pois a atual tornou o país “ingovernável”. O deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) afirmou que Barros revela  “ignorância política e histórica” ao defender um plebiscito para criar uma nova Constituição no Brasil.

“A declaração do líder do governo Ricardo Barros de que o Brasil precisa de outra Constituição como o Chile porque a atual tornou o Brasil ingovernável demonstra uma ignorância política e histórica. A CF de 1988 gerou a estabilidade político-institucional que nos permitiu passar por 2 impeachments, crise econômicas e políticas, sem ruptura institucional. O Chile fez ontem o que fizemos em 1988. A Constituição do Chile é da Ditadura de Pinochet, a nossa é da Democracia’, disse Marcelo Ramos.

Por sua vez, o deputado federal Fábio Trad (PSD-MS) reagiu à fala de Barros: “o exemplo do Chile não nos serve. Lá, evoluíram da ditadura para a democracia. E aqui? Será que querem o contrário? Sou contra. Viva a Constituição cidadã de 1988!”

Ironia – O senador Major Olimpio (PSSP) ironizou o fato de Barros ter dito que o presidente José Sarney “sancionou” a Constituição:  “Líder do governo confunde até habeas corpus com Corpus Christi. Emenda ou texto constitucional não vão à sanção ou veto presidencial. Votada duas vezes na duas Casas, é promulgada. É para chorar mesmo.”

Já o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), sugeriu aos defensores de uma nova Constituinte no Brasil que estudem “um pouco de história”. No Twitter, ele disse que  tem “visto gente no Brasil tentando pegar carona no plebiscito chileno para reabrir o debate sobre uma nova Constituição por aqui. Estudar um pouco de história e entender a transição democrática deles e a nossa seria útil. Só para começar.” (De O Antagonista).

 

3 COMENTÁRIOS

  1. Nunca vi tamanha celeuma contrária a uma ideia, por mais estapafúrdia que seja, vinda de quem venha.
    No caso, a proposta trata simplesmente de medida utilizada em várias partes do mundo, que é a convocação de um plebiscito para se saber se o povo aceita ou não a instauração de uma Assembleia Nacional Constituinte (exclusiva ou não) para a devida correção de de rumos do país.
    Por que não fazer o plebiscito?
    Com a palavra, os doutos filósofos que advogam o contrário e desembargam situações esdrúxulas.

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