A “reforma política” ficou muito parecida com a “viúva Porcina” – aquela que foi sem nunca ter sido – personagem interpretada por Regina Duarte na novela global “Roque Santeiro”, nos anos 1980.
Pois ontem, após meses de discussões inúteis, finalmente os parlamentares se renderam às evidência da falta de consenso e da impossibilidade de aprovar uma das últimas medidas que poderiam vigorar nas eleições do ano que vem.
O plenário da Câmara aprovou na noite desta quarta-feira, 20, o fim das coligações para as eleições de deputados e vereadores – mas com validade apenas a partir de 2020 e a regra que estabelece uma cláusula de barreira para que legendas tenham acesso ao Fundo Partidário e tempo de rádio e TV. O texto inicial previa o fim das coligações em 2018.
Pelo texto aprovado, no lugar das coligações, os partidos poderão se juntar em federações a partir de 2020. A diferença para o sistema atual é que as federações não podem se desfazer durante o mandato, isto é, as legendas terão de atuar juntas como um bloco parlamentar na legislatura.
Então, se até semanas atrás se pensava que as eleições de 2018 seriam disputadas já sob o sistema de distritão; que as campanhas seriam pagas por um bilionário “fundo de financiamento da democracia”; que já não seriam permitidas coligações etc. etc…. esqueçam! Vai ficar como já foi.
O mestre zangado ficou dengoso! Dunga com soneca ficou feliz… Atchim!!! Espirrou a Branca de Neve…