(por Ruth Bolognese) – O deputado Ratinho Jr é o candidato da família dele, do partido dele e dele mesmo. Para fins da Justiça Eleitoral informa que os recursos da campanha vem desse núcleo duro que o sustenta que atende pelo popularíssimo nome de Ratinho pai, um dos reis do merchandising televiso brasileiro.
Ratinho Jr foi flagrado por uma foto publicada neste Contraponto, descendo de um helicóptero que pertence a um dos bons anunciantes televisivos da família, os sapatos Carton, aqui do Paraná. E negou, de uma forma enviesada, que o helicóptero tenha sido usado para uma viagem de campanha no último fim de semana no Norte Pioneiro. Nesta viagem, Ratinho usou um jato da família e não o helicóptero. Mas, e a foto de Ratinho desembarcando do helicóptero? A assessoria responde:
“O uso do helicóptero pode ser de uma campanha anterior, pode ser uma festa, pode ser de um aluguel feito pelo proprietário”, informou.
Ora, um candidato ao governo do Paraná que preza a transparência acima de tudo, incluindo aí os gastos de campanha, não se enquadra no “pode ser”.
“Pode ser qualquer coisa” não é a resposta mais correta. Até porque na prestação de contas à justiça eleitoral não existe o item “pode ser”.
Há que constar a origem do recurso e como foi gasto, dentro dos limites legais. Simples assim.
No Moronhão (antigamente era Paraná, depois Maranhão do Sul) pode tudo. A justiça aqui tem a velocidade de escargot quando se trata de punir quem tem sobrenome. Bem-nascidos e novos-ricos sempre terão o benefício da dúvida. Não é à toa que o estado é infestado por famílias tradicionais nos tres poderes. E esse rótulo “tradicional” pode ser comprado, como se comprava o posto de “Coronel” ou “Comendador” na República Velha. O Moronhão é prafrentex!