Um sistema de monitoramento feito por telefone mede diariamente a “temperatura” do eleitorado paranaense em relação aos candidatos a governador. É o conhecido “tracking”, muito utilizado nas campanhas para, além de acompanhar os graus de adesão ou rejeição dos candidatos, direcionar as mensagens de propaganda e definir estratégias de campanha. Os marqueteiros não dispensam o “tracking”, embora saibam que o sistema não oferece tanta confiabilidade quanto pesquisas quantitativas e qualitativas.
As campanhas de Cida Borghetti (PP) e Ratinho Jr. (PSD) já começam a fazer uso do mecanismo. Fontes do Contraponto que acompanham o “tracking” de um deles informavam que até semana passada era possível verificar o crescimento da candidatura da governadora, que vem superando aquele que seria o seu maior inimigo – no início do ano, 70% dos paranaenses diziam não conhecê-la ou conhecê-la muito pouco. O porcentual dos que agora já a identificam como governadora e candidata à reeleição vem crescendo de forma relativamente forte.
Também a intenção de voto a seu favor tem demonstrado crescimento quase proporcional ao aumento do grau de conhecimento. Já estaria bem situada na casa dos dois dígitos – mas a informação mais importante que as planilhas estudadas nos últimos 30 dias mostram é que, a cada ponto (ou décimo de ponto) que Cida cresce corresponde a igual decréscimo porcentual de Ratinho Jr. Osmar Dias (PDT) tem sido pouco afetado – isto é, do ponto de vista quantitativo mantém-se ainda em situação de empate técnico com Ratinho, mas com tendência a ultrapassá-lo à medida que o adversário perde pontos.
O Contraponto ainda não teve acesso a eventuais mudanças verificadas na última semana, período em que a governadora pode ter sofrido desgaste em sua imagem em razão da oferta de apenas 1% de reposição salarial para o funcionalismo estadual. E também não se sabe se a postura de Ratinho Jr. e de suas bancadas (PSD e PSC) na Assembleia em favor de um reajuste maior (2,76%) fará crescer o seu eleitorado.