Em mais uma derrota para o candidato Ciro Gomes (PDT), o PSB vai anunciar a neutralidade no 1.º turno das eleições 2018. O partido fechou um acordo com o PT para apoiar a reeleição do petista Paulo Câmara ao governo de Pernambuco e se comprometeu a não apoiar nenhum candidato à Presidência da República na primeira parte da corrida eleitoral. Sem aliança com outros partidos, isolado, Ciro terá apenas 5% do horário eleitoral – cerca de 36 segundos por bloco. O tempo é um oitavo menor do que o do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que sozinho tem cerca de 40% da propaganda eleitoral gratuita.
O acordo será um revés para o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, que tentava atrair o PSB e agora deve contar com apoio de poucos diretórios do partido, como Distrito Federal e Espírito Santo. Nesta quarta, o Estado mostrou que Ciro e Marina tentavam romper o isolamento buscando alianças com PSB e PV, respectivamente.
Em São Paulo, o governador Márcio França (PSB), candidato à reeleição, ficará liberado para apoiar o pré-candidato do PSDB ao Palácio do Planalto, o ex-governador Geraldo Alckmin.
Em meio às negociações em torno da chapa de Ciro Gomes, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, criticou a divisão dentro do PSB. “Engraçado é que Pernambuco é que decide sobre o Brasil. Pernambuco está maior do que o Brasil”, ironizou Lupi ao Estadão.
Em tempos de comunicação ampla e instantanea pelas redes sociais, talvez essas eleições derrubem de vez a importância dos tempos de TV na propaganda política. Tomara que sim. Só vai fazer bem à política daí pra frente. E temos que considerar que no caso dos candidatos ruins, muito tempo de TV pode até prejudicar. Como dizem no futebol, time ruim quanto mais treina pior fica. A conferir.